Veja dicas para conviver com elas da melhor forma possível quando estiver fora de casa
Estima-se que aproximadamente 4% da população geral apresenta alergia alimentar. Adultos representam entre 1,4% e 4%, enquanto crianças menores que 3 anos de idade somam 6%. Pacientes com dermatite atópica são afetados em média de 35% com alergia alimentar.
Cerca de 80 a 90% das reações alérgicas são provocadas por oito alimentos principais: leite de vaca, ovo, trigo, soja, amendoim, castanhas (nozes, amêndoas, pistache e avelãs), peixes e frutos do mar. As alergias alimentares a leite de vaca, ovo, trigo e soja desaparecem em geral durante a infância, enquanto que as reações a amendoim, nozes, castanhas, peixes e frutos do mar podem permanecer por toda a vida.
Caso o paciente tenha apresentado uma reação grave como anafilaxia, é conveniente em viagens, principalmente internacionais, portar uma caneta contendo adrenalina auto-injetável para situações de emergência. A adrenalina é a droga mais importante no tratamento de anafilaxia e deve ser administrada prontamente. É muito importante saber identificar essa reação.
Essa medicação não está disponível no Brasil, portanto deve ser importada. A adrenalina relaxa a musculatura lisa dos brônquios, reduz o edema das vias aéreas e mantém o controle da pressão arterial. Convém consultar um especialista alergista para orientação. Em situações de reação alérgica mais branda, convém ter sempre à mão anti-histamínicos e corticoesteroides orais, caso ocorra ingestão acidental.
De forma geral, a orientação em caso de alergia alimentar é dieta de exclusão do alimento que provoca a reação. Nesse sentido, em viagens tanto em restaurantes como em supermercados, convém ler rótulos e conversar com o chef de cozinha do restaurante.
No caso da alimentação nos voos, o ideal é trazer de casa sua própria refeição para evitar surpresas. As principais companhias aéreas que fazem voos nacionais e internacionais listam entre as opções de refeições especiais os cardápios vegetarianos com ovo e leite, vegano, sem glúten, sem lactose, pobre em calorias, pobre em sal, adaptada a diabéticos, kosher e halal.
Independentemente do seu destino, é essencial estar atento aos rótulos de produtos industrializados e conversar em restaurantes. É importante saber que pode ocorrer reação alérgica ao contato com pequenos traços do alérgeno.
Ao ler os rótulos, é importante ter conhecimento de termos relacionados aos principais alérgenos alimentares, para evitar ingestão acidental. Segue abaixo tabela com os principais alérgenos alimentares e termos relacionados:
Contaminação cruzada entre alimentos pode acontecer quando no preparo dos mesmos se compartilham os utensílios. Podem acontecer também reações graves durante a cocção dos alimentos em virtude da inalação do vapor da cocção. Um cartão de identificação com o nome da pessoa e o alimento que provoca alergia pode ser útil nos casos de emergência.
Ficar completamente tranquilo(a) e despreocupado(a) é possível se o paciente estiver carregando consigo as medicações para emergências e especialmente ter um seguro de saúde para qualquer emergência.