SAÚDE

Consumo moderado de vinho é um santo remédio contra doenças

O líquido, além de ser carregado de história e de cultura, tem muita expressão quando o assunto é saúde, pelos benefícios comprovados em estudo que seu consumo pode trazer.

Faeza Rezende
faeza.rezende@jmonline.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 15:10
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O vinho, uma das bebidas alcoólicas mais antigas, teria surgido por volta de 6.000 a.C. O líquido, além de ser carregado de história e de cultura, tem muita expressão quando o assunto é saúde, pelos inúmeros benefícios já comprovados em estudo que seu consumo pode trazer.   A nutricionista Nerissa Aveiro conta que, sem dúvida, dentre todas as bebidas alcoólicas existentes, o vinho é mais favorável à saúde.   “É expressivo o número de evidências sobre as propriedades benéficas do vinho, principalmente o tinto, particularmente para o sistema cardiovascular”, destaca a especialista.   Segundo Aveiro, várias pesquisas já comprovaram que algumas substâncias presentes no vinho chamadas de polifenóis são as responsáveis por esses resultados positivos. De acordo com a nutricionista, elas possuem atividade antioxidante, o que faz inibir a oxidação do “mau” colesterol, o LDL. “Assim, elas inibem a formação de placas de gordura na parede das artérias, que é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares”, explica. Hoje, as cardiopatias são a principal causa de morte no mundo e 80% delas acontecem em países em desenvolvimento.   Nos vinhos, conforme informa a especialista, existem mais de 200 tipos de polifenóis identificados, entre eles o resveratrol, este amplamente estudado e comprovado como um potente antioxidante e inibidor da agregação plaquetária. “Estudos recentes também demonstram que essa substância, por possuir ação antioxidante, bloqueando as reações com os radicais livres, possui ação anticancerígena”, completa.   Cerca de 95% dos polifenóis estão concentrados nas cascas e sementes das uvas, por isso, o vinho tinto é cerca de dez vezes superior em relação ao branco quando o assunto é saúde. “O vinho tinto é fermentado na presença de cascas e sementes, enquanto que o vinho branco é processado na ausência delas”, conta.   O quanto beber? Nerissa Aveiro alerta que o consumo do vinho tinto deve ser cauteloso, porque, mesmo com os resultados positivos obtidos nos estudos, pode gerar efeitos negativos no paciente e na sociedade em geral por ser uma bebida alcoólica. “Não existe uma regra fixa para se dizer qual é o limite de uma pessoa em relação ao álcool. Isso vai depender de alguns fatores, como idade, sexo e estado emocional, além do fato de que cada um tem o seu próprio nível de tolerância ao álcool, ou seja, cada organismo responde de forma diferente ao álcool”, justifica.   Por isso, para a especialista, a ordem é moderar, o que, segundo ela, equivale a apenas uma taça (150 ml) de vinho por dia às refeições. “A qualidade do vinho também deve ser levada em consideração. Os vinhos indicados são feitos com uvas Vitis vinífera. Já os elaborados com uvas do tipo Americana devem ser evitados”, ressalta.   Suco de uva. Aveiro orienta que, nenhum tipo de bebida alcoólica, nem mesmo o vinho, é indicado para as pessoas hipertensas nem para as que sofrem de transtornos no aparelho digestivo, como úlceras. Nesses casos, a indicação é o consumo de suco de uva, ao qual algumas pesquisas já atribuem os mesmos benefícios à saúde do que os vinhos, porém em menor proporção.   “Os polifenóis são pouco solúveis em água, mas apresentam alta solubilidade no álcool, onde os efeitos benéficos daqueles são potencializados. Ou seja, se de uma mesma tipagem de uva se fizer quantidades iguais de suco e vinho, teremos mais efeitos no vinho por causa do álcool”, informa a nutricionista.

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