SAÚDE

Contagem de carboidratos visa a oferta necessária de nutrientes

A contagem de carboidratos permite maior liberdade para se alimentar e, ao mesmo tempo, seguir uma alimentação equilibrada. Tem como objetivo otimizar o controle glicêmico

Thassiana Macedo
Publicado em 15/11/2014 às 19:55Atualizado em 17/12/2022 às 02:42
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De acordo com o Ministério da Saúde, um a cada três brasileirinhos está com sobrepeso ou obeso. O crescimento desse índice, associado ao sedentarismo e a hábitos alimentares inadequados, como o excesso de fast foods e comidas congeladas, vêm contribuindo para o aumento da incidência de diabetes entre as crianças. Os dados são preocupantes e apontam que, a cada cem mil crianças e adolescentes com menos de 15 anos, 7,6 casos novos de diabetes tipo 1 são diagnosticados. O Brasil é o quarto país do mundo com mais diabéticos, com 13 milhões de portadores, número que poderá subir para 592 milhões em 2035.

A nutricionista Kézia Mendes Prata explica que uma maneira de controlar o diabetes sem desespero é por meio de técnica conhecida como contagem de carboidratos, que é utilizada desde 1935 na Europa. “A partir do relatório da American Diabetes Association, em 1994, passou a ser recomendada como mais uma ferramenta nutricional. No Brasil, começou a ser utilizada de forma isolada em 1997, e hoje vários grupos têm recorrido à contagem de carboidratos, de forma sistemática, sendo esta ferramenta considerada imprescindível na vida do diabético”, frisa.

Segundo a profissional, a contagem de carboidratos deve ser inserida no contexto da alimentação saudável, que nada mais é do que aquela capaz de oferecer todos os nutrientes necessários ao corpo humano, promovendo saúde e bem-estar. “Assim, como toda conduta nutricional, ela deve ser totalmente individualizada e respeitar faixa etária, nível socioeconômico, hábitos regionais, estado nutricional. A contagem de carboidratos permite maior liberdade para se alimentar e, ao mesmo tempo, seguir uma alimentação equilibrada, como todas as pessoas. Tem como objetivo otimizar o controle glicêmico, em função das menores variações das glicemias pós-prandiais”, destaca Kézia.

O carboidrato, conforme a nutricionista, é o nutriente que mais afeta a glicemia. “Ele é convertido em 100% no prazo de 15 minutos a 2 horas, a partir da ingestão, enquanto as proteínas duram de 3 a 4 horas para ser convertidas (60%) e as gorduras são convertidas em apenas 10% entre 5 e 6 horas. Para o método de contagem de carboidratos é importante levar em conta o total de carboidratos consumido por refeição. A distribuição deverá obedecer às necessidades diárias, previamente definidas, deste nutriente, associadas com a anamnese do indivíduo, em que se identifica o consumo real por refeição. A contagem deve ser feita numa parceria da nutricionista e do médico, para o ajuste da correção da glicemia e a contagem de carboidratos com a insulina”, ressalta Kézia Prata.

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