Frasco da vacina SpiN-Tec, 1º imunizante totalmente brasileiro contra a Covid-19 (Foto/CTVacinas UFMG / divulgação)
Primeira vacina contra Covid-19 desenvolvida com tecnologia e insumos totalmente brasileiros, a SpiN-Tec começa a fase de testes clínicos nesta sexta-feira (25). O imunizante é produzido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A fase de testes clínicos engloba a testagens em humanos e objetiva indicar a segurança e a eficácia dos imunizantes. No último dia 17, o Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da UFMG abriu o cadastro para quem deseja participar, como voluntário, dos testes. Entre os critérios estavam:
Ser saudável e ter entre 18 e 85 anos;
Ter sido vacinado(a) com CoronaVac (2 doses) e ter recebido uma dose de reforço com Pfizer (há pelo menos 9 meses)
Não ter tido Covid-19
Nesta sexta-feira, as equipes científicas responsáveis pelo desenvolvimento do imunizante e pela condução dos testes detalharão informações sobre a vacina e a nova fase de estudos.
Estarão presentes na cerimônia a reitora da UFMG, professora Sandra Regina Goulart Almeida, o ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo Cesar Rezende de Carvalho Alvim, e o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, além da equipe do Centro de Tecnologias de Vacinas da UFMG (CTVacinas), que conduz os estudos do imunizante SpiN-Tec MCTI UFMG, e do grupo responsável pelos testes clínicos da Unidade de Pesquisa Clínica em Vacinas (UPqVac) da UFMG.
Ensaio clínico
O ensaio clínico do imunizante foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início de outubro. A SpiN-Tec é uma proteína quimérica recombinante que utiliza a proteína SpiN, desenvolvida pelo Centro de pesquisa e produção de vacinas da UFMG).
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Para a autorização, a agência analisou os dados das etapas anteriores de desenvolvimento dos produtos, incluindo estudos não clínicos in vitro e em animais, bem como dados preliminares de estudos clínicos em andamento. Os resultados obtidos, até o momento, demonstraram um perfil de segurança aceitável da vacina candidata.
Segundo a Anvisa, trata-se de ensaios clínico em que o produto investigacional será utilizado pela primeira vez em humanos. O ensaio terá duas partes: “Um ensaio clínico, de fase 1, de dose escalonada para verificar segurança e reatogenicidade do produto investigacional; e outro ensaio clínico, de fase 2, para estudo de segurança e imunogenicidade da SpiN-Tec”.
O estudo será financiado pela UFMG, pelo MCTI, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e prefeitura de Belo Horizonte.
Fonte: O Tempo