Cresce número de portadores de hipertensão, segundo o IBGE

Hoje, em torno de 35% da população acima de 40 anos sofre de hipertensão. Isso representa 17 milhões de portadores da doença, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Destes, 75% recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento no Programa Nacional de Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus.

Em Uberaba, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, 31.416 pessoas, 1.234 a mais que em 2010, estão cadastradas no programa Hiperdia, dos quais 18 mil recebem medicamento em casa. Destas, 21.240 sofrem de hipertensão; 7.910, de hipertensão e diabetes, e 2.266, apenas de diabetes.

A maioria ainda é composta principalmente por adultos. A referência técnica Rosária Nair da Silva Lima orienta que, quando há histórico familiar da doença, é fundamental que se faça o acompanhamento da pressão pelo menos uma vez a cada seis meses e o portador verifique a saúde uma vez por semana, procurando sempre o posto de saúde mais próximo de sua casa. Uma pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9, já que a média é de 12 por 8.

Rosária alerta que a hipertensão é uma inimiga silenciosa porque, para a maioria das pessoas, ela não apresenta sintomas. E as que sentem dor prolongada de cabeça ou na nuca, inchaços e tontura acabam não identificando esses como sendo sinais da doença. “Por isso, é tão importante fazer exercícios físicos regulares, como uma caminhada, reduzir o consumo de sal e de bebida alcoólica, evitar fumar, manter o peso ideal e manter uma alimentação saudável à base de verduras, frutas e hortaliças”, esclarece. E fundamental, também, só tomar medicamentos com orientação médica especializada.

Responsável por complicações, aposentadorias precoces e mortalidade por doenças cardiovasculares, como entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto e angina, além da sobrecarga de vários órgãos, mas principalmente coração, rins e cérebro, o problema não tem cura, mas, com o tratamento adequado, é possível controlá-la.