SAÚDE

Crise econômica torna custo da saúde ainda mais caro no Brasil

Médico Romeu Meneghelo prevê que muitos equipamentos ficarão menos acessíveis aos pacientes brasileiros e de outros países que estão em desenvolvimento...

Faeza Rezende
faeza.rezende@jmonline.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:00
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  Preços de exames, consultas, tratamentos, remédios e de planos de saúde particulares. A saúde no Brasil, sem dúvida, é um dos setores sociais mais caros. E a tendência, segundo o médico Romeu Sérgio Meneghelo, é de que esse custo se torne cada vez maior, com a crise econômica mundial.   O cardiologista explica que, se a crise resultar numa significativa variação cambial, como já começa a assinalar, com a consequente alta do dólar, o Brasil sofrerá com a falta de novos e avançados equipamentos, que ficarão menos acessíveis para países em desenvolvimento.   Além disso, de acordo com o especialista, que é diretor do Serviço de Reabilitação Cardiovascular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e coordenador do setor de Métodos Gráficos do Hospital Albert Eistein, de São Paulo, o setor passará ainda por dificuldades com a manutenção dos aparelhos já instalados no país, uma vez que é feita com base em moeda americana. “Sem dúvida nenhuma, todas as cidades brasileiras vão sofrer”, acrescenta o médico.   Meneghelo, que apresenta o programa De Coração, na TV Senado, ressalta que teve a oportunidade de entrevistar membros de uma das principais sociedades de cardiologia dos Estados Unidos, a American College of Cardiology, que alertaram para o problema. “Eles estão extremamente preocupados com o alto custo da saúde, bem como com a dificuldade em transmitir os conhecimentos médicos às pessoas que por vezes não têm os recursos para se tratarem”, conta.   Informação é a solução. Para o médico, que trabalha há décadas na área de comunicação, entre rádio e televisão, informações divulgadas pela mídia devem ser uma das principais armas para enfrentar o alto custo da saúde no Brasil, com orientação para cuidados básicos.   “Com mudanças de hábitos muito pequenas, poderia melhorar a mortalidade das doenças cardíacas”, afirma Meneghelo, lembrando que as doenças do coração são a primeira causa de mortes no mundo, com o registro de mais de 17 milhões de óbitos por ano. “Para evitar, basta que as pessoas parem de fumar, façam atividades físicas, tratem a hipertensão arterial, acabem com a “charmosa” barriga do chope e diminuam o nível de colesterol. Alguns hábitos já arraigados na nossa cultura, como a deliciosa comida mineira, torresmo e picanha, têm que sair do cardápio diário”, recomenda.

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