Foto/Neto Talmeli/PMU
As limitações físicas ou dores crônicas não impedem os idosos de dançar
A dança é uma atividade que faz bem à saúde física e emocional em qualquer idade. Mas, quando se trata da terceira idade, o benefício é ainda maior: a prática evita a solidão e o isolamento.
Antes de começar a rodopiar pelo salão, no entanto, vale fazer um checkup da saúde, a fim de evitar lesões ou outros problemas. É o que indica Anna Carolina Peres, geriatra da AME Idoso Lapa e da Clínica Vita.
“Será preciso avaliar a pressão arterial, o ritmo cardíaco e a estrutura articular do corpo. O estilo da dança deve ser compatível com o estado de saúde. Pessoas com insuficiência cardíaca devem praticar ritmos mais calmos ou dança sênior”, diz.
Depois dessa avaliação médica, o idoso deverá levar um atestado de saúde ao professor de dança, para que ele possa orientá-lo em suas atividades. “Existe uma modalidade chamada dança sênior, que é feita sentado ou em pé, e bem mais lenta. Foi pensada justamente para a terceira idade. Ela é muito indicada”, diz Anna.
Ritmos que exigem muito movimento de cabeça, como o zouk, podem provocar desequilíbrios e não são recomendados. Os professores indicam estilos que não exijam força nem provoquem muito impacto no corpo.
Os benefícios e ganhos da dança para os idosos são muitos, tanto físicos quanto emocionais. “Eles percebem melhora respiratória, cardíaca e muscular”, diz o professor Caio César Amorim. Ele faz, ainda, um lembrete: “Quem é muito sedentário ao longo da vida tende a travar mais cedo e a ter mais dificuldade de locomoção”.