Dançar ajuda a tratar doenças crônicas

Deixar de lado os problemas do dia-a-dia pelo menos uma vez por semana e colocar uma roupa e sapatos confortáveis para dançar, à primeira vista, são atitudes que, além de proporcionar diversão, podem funcionar como terapia para quem sofre de doenças crônicas. Enquanto o ministro da Saúde prevê a criação de um plano de combate à obesidade, problema que atinge em torno de 16% dos brasileiros de todas as idades, acarretando crescimento no número de pessoas com doenças crônicas, especialistas recomendam a dança como alternativa saudável e criativa. A prática da dança durante uma hora é capaz de queimar acima de 400 calorias, mais do que em uma caminhada na esteira.

Segundo o Departamento de Análise de Situação de Saúde do ministério, o plano deverá prever ações educativas, em parceria com os ministérios da Educação e do Esporte, e mudanças na regulamentação sobre alimentos, em acordo com a indústria. Mas, antes que o plano entre em vigor, as pessoas podem começar o tratamento contra obesidade e doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas.

A dança modela o corpo, atuando diretamente na diminuição da pressão arterial; melhora a função cardíaca e a circulação, ajudando no controle do diabetes e prevenindo o AVC. “A pessoa também passa a ficar mais ágil; a autoestima eleva; o corpo e a respiração melhoram, pois contribui para a correção de toda a postura, na forma de andar etc”, afirma o professor e personal dancing Carlos Fernandes. Mais do que isso, a dança proporciona a socialização e mantém a pessoa ativa fisicamente, em especial as idosas.

A atividade é, também, considerada como aeróbica quando realizada com frequência, envolvendo gasto calórico e o equilíbrio do praticante; aumenta a consciência corporal e fortalece os músculos. O ideal, segundo a Sociedade Mineira de Cardiologia, seria dançar pelo menos três vezes por semana, por

40 minutos a cada vez.

A prática da dança irá colaborar para a queda da pressão arterial, redução da glicose, do colesterol e do estresse, que são fatores de risco para doenças crônicas que, não controladas, se transformam nas primeiras causas de morte no Brasil, infarto e AVC.