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Segundo a médica Graziella Borges Barreto, mulheres a partir dos 50 anos são mais propensas a desenvolver a doença
O Instituo Nacional do Câncer (Inca) estima que haja 59.700 novos casos de câncer de mama para cada ano do biênio 2018-2019. Segundo a médica Graziella Borges Barreto, a doença não tem uma causa única, mas pode ser detectada em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando a possibilidade de tratamentos menos agressivos e taxas de sucesso.
Mulheres a partir dos 50 anos são mais propensas a desenvolver a doença. Por isso, a especialista orienta que de 40 aos 49 anos seja realizado o exame de mamografia anualmente; de 50 aos 69 anos de dois em dois anos; e após os 70 anos o médico define a melhor conduta. “Abaixo dos 40 anos é indicado a ultrassonografia para avaliação das mamas”, orienta.
Graziella Barreto destaca que não ter amamentado não é fator de risco para câncer de mama. “Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção para o câncer. Então, o não aleitamento promove a perda de um fator de proteção, o que é diferente de significar fator de risco”, esclarece.
A médica afirma que diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, como idade, fatores endócrinos, história reprodutiva, comportamentais e genéticos. “O acúmulo de exposições ( a somatória de exposições a múltiplos fatores de risco) ao longo da vida e as próprias alterações biológicas resultantes do envelhecimento, que ocasionam a doença, aumentam o risco”, pondera, acrescentando que homens também podem ter a doença, mas é raro, representando apenas 1% dos casos.
Conforme Graziella, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, como praticar atividade física, manter uma alimentação saudável e o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcóolicas (em excesso) e amamentar. “O tratamento depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e (imunoterapia) terapia biológica (terapia alvo)”, completa.