SAÚDE

Dia Mundial de Luta alerta para problema invisível

Foi comemorado ontem o Dia Mundial da Luta contra Hepatites Virais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que existam milhões de portadores crônicos da hepatite

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:38
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Foi comemorado ontem o Dia Mundial da Luta contra Hepatites Virais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que existam no mundo 325 milhões de portadores crônicos da hepatite B e 170 milhões da hepatite C. A maioria das pessoas desconhece sua condição, muitas vezes por não apresentarem sintomas, agravando a cadeia de transmissão da infecção e as formas crônicas da doença.   Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) alertam que entre adolescentes de 11 a 14 anos, apenas 72,38% foram vacinados contra hepatite B. De 15 a 19 anos, a porcentagem é ainda menor, somente 60,2%. O infectologista, Frederico Ricardo Zago Maneira, afirma que os cinco tipos de hepatites virais são muito diferentes entre si. “A Hepatite A é a mais comum na infância, geralmente é benigna e não causa maiores complicações. Já as hepatites B e C são as mais graves. Comuns em adultos, se não tratadas, podem levar inclusive ao câncer de fígado. As hepatites D e E são tipos mais raros”, explica o infectologista.   De acordo com Frederico, a hepatite destrói lentamente as células do fígado. E como é um órgão com grande poder de regeneração, leva um período variável, que pode ser de meses ou anos, para atingir a forma avançada e a manifestar os primeiros sintomas. Alguns fatores podem acelerar a doença, como o consumo de álcool e drogas. “No início, a Hepatite A e B podem ter sintomas leves e não específicos. Em alguns casos, podem ter icterícia, quando a pele fica amarelada, as fezes claras e a urina escura, devido à elevação de bilirrubina no sangue. A Hepatite C, geralmente no início, não possui sintomas, só em cerca de 5% dos casos. Nas fases crônicas, os tipos B e C podem levar à insuficiência hepática, cirrose e à presença de líquido livre no interior do abdome, sangramentos e dificuldades digestivas”, esclarece.   Quanto às formas de transmissão, pode ocorrer pelo consumo de água e alimentos contaminados, pelo contato com sangue ou através de relações sexuais. Segundo o infectologista, não há tratamento específico, somente para os sintomas. A prevenção passa pelo cuidado nas atividades diárias, evitando cortes. “Não compartilhar seringas ou materiais de manicure e pedicuro; cuidados na alimentação, lavando sempre os alimentos e bebendo água filtrada ou fervida”, conclui.

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