Recentemente, a Associação Americana de Urologia reduziu para 40 anos a idade mínima recomendada para que homens sem...
Recentemente, a Associação Americana de Urologia reduziu para 40 anos a idade mínima recomendada para que homens sem casos de câncer de próstata no histórico familiar façam o exame. O diagnóstico precoce oferece chances de cura em torno de 90% dos casos. Hoje, o câncer de próstata equipara-se ao de mama e, assim como as mulheres, os homens devem se conscientizar de que a prevenção é o segredo de uma vida longa. Ainda não é possível evitar o câncer, mas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, os hábitos alimentares desregrados são uma das prováveis causas do aparecimento da doença em homens cada vez mais jovens. Segundo o urologista Jamil Sallum Filho, em geral, o risco de um homem desenvolver o câncer de próstata é de 15% a 20%. “No Brasil, a incidência da doença é de, aproximadamente, 28,7 casos a cada 100 mil homens. Nos últimos anos, estudos foram realizados no sentido de melhorar o diagnóstico com exames de sangue, urina ou sêmen”, explica. A dosagem do PSA, uma proteína chamada Antígeno Prostático Específico, é importante para a exclusão de possíveis tumores malignos da próstata. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 40% dos homens com câncer de próstata constatado clinicamente, e com alto risco de morte pela doença, não apresentam sintomas no momento do diagnóstico pela dosagem do PSA. Por isso, especialistas alertam que apenas a dosagem do PSA não é eficaz na detecção do câncer. A cada dez casos de câncer de próstata, quatro têm o PSA normal, por isso o toque retal, que leva de 5 a 7 segundos, torna-se imprescindível. “Os exames básicos para a prevenção são o PSA Total (exame de sangue) e toque retal. Ambos devem ser feitos anualmente. Além destes, há o exame de Ultrasson Transretal de Próstata, via abdominal, biopsia de próstata e a ressonância magnética”, destaca Sallum. Esperar a ocorrência de sintomas para procurar cuidados médicos pode fazer com que o câncer de próstata esteja em estágio avançado, diminuindo consideravelmente a possibilidade de cura. Atualmente, há diversos tratamentos para a doença, como as cirurgias e a observação. Mas o especialista destaca que a indicação é feita de acordo com o tipo de tumor e a idade do paciente. “O tratamento mais eficiente para o câncer de próstata é a cirurgia de Prostatovesiculectomia Radical, que oferece sobrevida livre do câncer de 90% a 97% em 15 anos. Já a radioterapia possibilita de 40% a 85%, dependendo do grau da doença”, explica. A cirurgia de prostatovesiculectomia é a retirada de toda a próstata com a cápsula e uretra prostática, vesículas seminais e ductos deferentes. Porém, os últimos avanços no tratamento oferecem novas armas contra o câncer, como a braquiterapia, que é a implantação de sementes radioativas no interior da próstata por uma sonda, e a criocirurgia, que, através do congelamento dos tumores, destrói as chances de que o tumor se espalhe e continue a se desenvolver. Atualmente, apenas a cirurgia e a radioterapia podem ser feitos pelo SUS.