Transplante de medula aumenta expectativa e qualidade de vida de portadores de anemia falciforme. Enquanto a Ciência ainda estuda o processo e realiza apenas alguns transplantes com esta finalidade, quem já passou pelo procedimento comemora os resultados.
Atualmente, nascem mais de três mil crianças portadoras deste tipo de anemia, que compromete parcialmente a qualidade de vida do indivíduo. A presidente da Associação dos Falcêmicos de Uberaba, Ana Palmira Soares, afirma, no entanto, que o diagnóstico precoce permite uma perspectiva melhor, pois o tratamento é iniciado mais cedo, oferecendo melhor qualidade de vida ao paciente.
Por se tratar de uma doença genética, ainda não existe cura para a anemia falciforme. Mas, com o avanço da Ciência, um grupo de profissionais de Ribeirão Preto/SP, está realizando o transplante de medula. O falcêmico que passa pelo procedimento não tem mais a manifestação da doença e continua com o traço, podendo gerar descendentes que tenham a anemia. Atualmente, no interior de São Paulo, já foram registrados 14 casos positivos. “Não é uma cura. Além de ser complicado, depende de compatibilidade, mas não deixa de ser um avanço muito positivo”, destaca Ana Palmira.
Entretanto, até que esse tratamento esteja ao alcance de todos, o diagnóstico precoce da doença continua sendo fator primordial para dar mais qualidade de vida ao falcêmico. (EK)