SAÚDE

Doença renal crônica é o novo mal do século

A doença renal crônica tem sido considerada a grande epidemia do século XXI. De acordo com especialistas, é uma doença que tem tendência...

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 05:02
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A doença renal crônica tem sido considerada a grande epidemia do século XXI. De acordo com especialistas, é uma doença que tem tendência a aumentar exponencialmente. Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) constatou que, em 2007, 73 mil brasileiros se tratavam de algum problema renal. Em 2008, o número aumentou para 87 mil. A estimativa é que até 2010 haja cerca de 125 mil pessoas. Além disso, 35% dos hipertensos e 25,7% dos diabéticos sofrem de alguma disfunção renal. Para a médica nefrologista da Unidade de Transplante Renal da UFTM, Maria Paula Santos Fontes, os números são preocupantes. “É extremamente importante e urgente que a doença renal crônica seja inserida no quadro de atenção primária, pois é uma doença de perda progressiva e irreversível para os rins. Essas disfunções nem sempre são detectadas nos exames de rotina, por falta de atenção específica”, revela.   Os rins são duas glândulas, servindo como verdadeiros filtros das impurezas ou substâncias tóxicas que se encontram no sangue e eliminando-as na urina. São eles que controlam os sais do nosso organismo, excluindo excessos ou poupando para as situações de carência, tendo importante influência sobre a pressão arterial, e vice-versa. A nefrologista explica que as doenças renais não possuem sintomas no início de sua ação no organismo, sendo detectadas hoje somente em estágio avançado, quando a hemodiálise é uma das alternativas para aumentar a sobrevida do doente renal. “O foco principal deve ser a prevenção. Que as pessoas se conscientizem da importância de cuidar da saúde, evitando a obesidade, mantendo uma alimentação mais adequada, a prática de exercícios físicos e não deixando de procurar atendimento médico. “Há três anos, temos o Ambulatório de Prevenção Renal, no Hospital Maria da Glória”, destaca. Maria Paula também explica que não é necessário encaminhamento. A triagem é feita no próprio Ambulatório, com entrevista e exames, para detectar cedo qualquer alteração que leve ao risco de desenvolvimento da doença. O telefone para agendamento é 3318-5139.   Ela conta que, por falta de prevenção e preparo da própria rede de saúde em detectar com antecedência o risco da doença renal, anualmente são gastos cerca de 1,4 bilhões de reais com Terapias Renais Substitutivas. Um valor alto, porque mais de 87% dos pacientes que fazem hemodiálise recebem o tratamento via SUS. A segunda alternativa é entrar na longa fila de transplantes de rim. Jornada. A Liga Nefrovida da UFTM baseou-se nessa realidade para promover a 1ª Jornada Multiprofissional de Proteção Renal, que aconteceu nos dias 15 e 16. A ação, que antecipa as discussões sobre o assunto antes da realização do 1º Curso Introdutório de Proteção Renal, é voltado para a formação de alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia, Educação Física e Terapia Ocupacional.

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