SAÚDE

Doenças esquecidas provocam a morte de milhões de pessoas

Entre as doenças esquecidas ou não suficientemente combatidas, estão a malária, tuberculose, leishmaniose e oncocercose.

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:23
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Segundo dados obtidos pela Assistência Médica Internacional (AMI), as doenças esquecidas ou não suficientemente combatidas, tais como a malária, a tuberculose, a Aids, a doença do sono, a leishmaniose, a bilharziose, a oncocercose (cegueira dos rios), as diversas e graves avitaminoses tipo beribéri, a dengue, entre outras, matam todos os anos mais de 15 milhões de pessoas no mundo.   Fernando Nobre, presidente da AMI, alerta, na página da organização na Internet, para o fato de que “um dos grandes paradoxos da nossa época, que pretende ficar na História da Humanidade como sendo a época da Mundialização, é que muitos povos e as suas doenças continuam condenados a um completo ostracismo e a um mortífero esquecimento”.   O representante da AMI lembra que, numa época de desenvolvimento tecnológico sem equivalência histórica, é inaceitável o esquecimento a que é condenada uma parte muito significativa da Humanidade.   Sob o tema “Segurança e Dignidade das Populações”, Fernando Nobre denuncia:   1) Cerca de 40.000 crianças morrem diariamente por insuficiente cobertura dos programas de vacinação e por inacessibilidade aos medicamentos eficazes já existentes nomeadamente para as infecções intestinais e respiratórias.   2) Desde 1975, apenas foram lançados no mercado em torno de 25 novos medicamentos de combate a doenças tropicais, sendo 12 deles para doenças veterinárias.   3) Cerca de 2 milhões de pessoas morrem de fome por ano.   Conforme Fernando Nobre, a Organização Mundial do Comércio (OMC), sob a pressão do poderosíssimo lobby das multinacionais farmacêuticas (só forçada pela pressão de organizações humanitárias e de países como o Brasil e a Índia), é que muito recentemente entreabriu a porta, permitindo que esses países pudessem produzir medicamentos a baixo preço, dez vezes mais baratos, para os seus doentes com Aids.   Nobre afirma que, para acabar com o flagelo da fome, bastaria o montante das verbas gasto nos EUA, ou na Europa, com produtos de beleza e com roupas para cães e gatos.   Fernando Nobre foi administrador dos Médicos Sem Fronteiras - Bélgica e fundou, em Portugal, a Assistência Médica Internacional (AMI), a qual ele ainda preside. Licenciou-se em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi assistente e especialista em Cirurgia Geral e Urologia. Participou como cirurgião em mais de duzentas missões de estudo, coordenação e assistência médica humanitária em cerca de sessenta países, de todos os continentes.

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