A modernidade trouxe facilidades para o dia-a-dia, mas também desafios para especialistas que precisam encontrar maneiras de resolver problemas, como a dor nas costas, que atinge número cada vez maior de pessoas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em torno de 85% das população sofre desse mal. Embora seja comum dividir as pessoas entre aquelas que têm dores e aquelas que ainda vão ter, especialistas sugerem que alguns cuidados podem evitar que a dor se transforme em um problemão.
De acordo com a fisioterapeuta Erika Cruz, o primeiro passo é desconfiar de qualquer dor nas costas, pois, por mais simples que seja, a dor pode ser sinal de problemas mais graves na coluna. Se estes forem descobertos precocemente, porém, têm solução. “Essa dor pode ser oriunda de compressões nervosas ou tensões musculares no seguimento da coluna e adjacências”, explica. A especialista destaca que outros sinais também devem ser observados, como, por exemplo, quando surgirem, associados ou não à dor, formigamento ou dormência em pernas, braços, dores de cabeça, dores de ouvido, sintomas de labirintite, “aperto” na nuca, diminuição de forças em braços ou mãos, fraqueza nas pernas e dores nas costas ao respirar.
Erika Cruz ressalta que o segundo passo é buscar ajuda especializada, pois só o especialista saberá identificar quais as causas dessas dores e sintomas. “Procuramos saber quando e em quais situações a pessoa apresenta a dor, mas também fazemos avaliação detalhada da postura para correlacionar sintomas com as alterações posturais apresentadas”, frisa.
A fisioterapeuta esclarece que, às vezes, a pessoa se preocupa com a postura correta e ainda assim sente dor. Portanto, é preciso lembrar que não apenas os desvios de coluna provocam dor. “Elas podem ser causadas por tumores, compressões de raízes nervosas, como protusões e hérnias de disco; pela presença de processos degenerativos, como ‘bico de papagaio’ e artroses; alterações posturais, entre outras”, afirma Erika.
Apenas uma avaliação completa pode diagnosticar a causa e a necessidade de cada pessoa. Processos degenerativos, por exemplo, são comuns em pessoas de idade mais avançada, mas também os jovens vêm apresentando essa doença, a cada dia mais. Segundo a fisioterapeuta, isso acontece por conta de traumas e alterações posturais, como também por conta do exagero em exercícios físicos.