Segundo a nefrologista da Unidade de Transplante Renal da UFTM, Maria Paula Santos Fontes, as doenças renais não apresentam sintomas no início de suas ações no organismo
Segundo a nefrologista da Unidade de Transplante Renal da UFTM, Maria Paula Santos Fontes, as doenças renais não apresentam sintomas no início de suas ações no organismo
Por falta de prevenção e preparo da própria rede de saúde em detectar com antecedência o risco da doença renal, anualmente são gastos em torno de R$ 1,4 bilhão com terapias renais substitutivas. Esse é um valor considerado alto, porque mais de 87% dos pacientes que fazem hemodiálise recebem o tratamento via SUS.
A segunda alternativa para quem sofre desta doença é entrar na longa fila de transplantes de rim. Por isso, os médicos especialistas afirmam que é tão importante as pessoas se preocuparem em fazer o check-up anual e procurarem um médico sempre que sentir alterações na saúde.
Quando surge uma dor de estômago, coração, pulmão ou sintoma especial, procuramos um médico. Mas e os rins? Será que sabemos realmente quando eles não estão funcionando bem?
A nefrologista da Unidade de Transplante Renal da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Maria Paula Santos Fontes, explica que as doenças renais não apresentam sintomas no início de suas ações no organismo, sendo detectadas, hoje somente em estágio avançado, quando a hemodiálise é uma das alternativas para aumentar a sobrevida do doente renal.
“O foco principal deve ser a prevenção. É preciso que as pessoas se conscientizem da importância de cuidar da saúde, evitando a obesidade com uma alimentação mais adequada, com exercícios físicos, e não deixarem de procurar o atendimento médico”.
No entanto, atualmente, a doença renal crônica continua sendo considerada uma das grandes epidemias do século XXI. De acordo com especialistas, esta é uma doença que tem tendência a aumentar exponencialmente. Segundo a médica nefrologista Maria Paula Santos, muitos não sabem, mas 35% dos hipertensos e 25,7% dos diabéticos sofrem de alguma disfunção renal por consequência dessas doenças.
“E esses percentuais aumentam na mesma proporção que crescem a obesidade, o sedentarismo e outros fatores de risco que aumentam o número de diabéticos e hipertensos”, ressalta.