Especialista aponta cuidados necessários para evitar doenças cardiovasculares

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Pablo Souza Linhares estima que 90% dos pacientes afetados por uma DCV apresente pelo menos um fator de risco cardiovascular clássico

As doenças cardíacas são as principais causas de morte do Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que as doenças cardiovasculares (DCV), especialmente a isquêmica do coração (angina/infarto) e o acidente vascular cerebral (AVC), respondem pela maior parte das mortes em todo o mundo.

De acordo com o médico cardiologista Pablo Souza Linhares, estima-se que 90% dos pacientes afetados por uma DCV apresente pelo menos um fator de risco cardiovascular clássico, como hipertensão, tabagismo, dislipidemia, diabetes, obesidade abdominal, etilismo, estresse e sedentarismo. “O desafio para a redução dessa mortalidade está na prevenção primária e nada melhor que o ‘Dia Mundial do Coração’, celebrado no dia 29 de setembro, para falarmos sobre isto”, explica.

Para cuidar bem do coração ao longo da vida, Pablo afirma ser preciso evitar os fatores de risco.

O cardiologista esclarece que existem sinais que podem ser observados quando ocorre um ataque cardíaco, contudo, argumenta que os sintomas são diversos, dependendo de cada paciente. “Dor torácica que pode se estender da região cervical até o umbigo, irradiar para os membros superiores, acompanhada de sudorese, mal-estar, náusea, palidez e falta de ar. Muitos pacientes podem ter doenças silenciosas e não apresentar sintomas, por isso a importância de um check-up regular para a detecção precoce de doenças cardiovasculares”, reforça o cardiologista.

Se não houver fatores de risco, Pablo considera ideal começar o check-up a partir dos 40 anos ou em qualquer idade que apresente um dos fatores de risco mencionados. Lembra que crianças podem sofrer de anomalias congênitas, como os chamados sopros cardíacos, que, dependendo da gravidade, podem causar morte súbita. Alerta que cada vez mais jovens apresentam doenças cardiovasculares. “O importante é focar na prevenção, adquirindo sempre hábitos de vida saudáveis”, completa.