A solidão já é considerada uma epidemia, e estudos demonstram que a falta de conexão social pode causar problemas mentais e físicos, encurtando a expectativa de vida
Fim de ano é tempo de celebração entre família e amigos, mas, para muitos é também uma temporada de muita solidão. Muitas pessoas se sentem sozinhas e deprimidas no fim de ano, o que reascende o alerta para doenças psíquicas. A solidão é fator de risco para doenças físicas e mentais e diversos estudos comprovam que o sentimento, quando crônico, é capaz de encurtar a expectativa de vida. A boa notícia é que existem estratégias capazes de oferecer proteção, como frequentar igrejas, cuidar de um animalzinho e manter a mente ativa, que funcionam como um escudo contra a sensação de estar só.
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego apostam na sabedoria como ingrediente para enfrentar a solidão. Artigo publicado internacionalmente revela associação inversa entre ser uma pessoa sábia e se sentir só. “Isso pode ser devido ao fato de que os comportamentos que definem a sabedoria, como a empatia, a compaixão, a regulação emocional e a autorreflexão efetivamente combatem ou impedem a solidão severa”, explica Ellen Lee, pesquisadora de saúde mental geriátrica e primeira autora do artigo.
A especialista ressalta: “Por sua vez, a solidão, mesmo moderada, associou-se a tudo de ruim. Ela está ligada a uma saúde mental pobre, ao abuso de substâncias químicas, a problemas cognitivos e à piora da saúde física, incluindo desnutrição, hipertensão e transtornos do sono”, elenca.
A luz vermelha foi acesa quando os pesquisadores constataram que, mesmo pessoas fora do que, tradicionalmente, se considera um grupo de risco para a solidão exibiam níveis altos a moderados desse sentimento. A solidão já é considerada uma epidemia.
*Com informações do Estado de Minas