SAÚDE

Estudo comprova: felicidade é importante para uma boa saúde

Pesquisa conclui que bom humor tem relação com redução de problemas neuroendócrinos e inflamatórios.

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 15:02
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Apesar de ser bastante complicado chegar a um consenso sobre o que é a felicidade - um estado de bem-estar mental e emocional ao qual cada pessoa chega por caminhos diferentes -, os especialistas coincidem sobre seus efeitos benéficos ao organismo.   "As emoções têm grande influência sobre o funcionamento do cérebro e, consequentemente, do nosso corpo, devido a reações químicas decorrentes desse processo", explica a psicóloga Caroline Santos. Segundo a especialista, o bem-estar que decorre do pensamento positivo não é apenas um estado de espírit ele é resultado real e concreto de reações químicas que as emoções desencadeiam no cérebro.   Cada vez mais evidências científicas apontam este ponto de vista, entre elas um estudo publicado em 2005 e considerado referência na análise dos efeitos da felicidade na saúde. Os pesquisadores Andrew Steptoe, Jane Wardle e Michael Marmot, do departamento de epidemiologia e saúde do University College de Londres, mediram a felicidade do ponto de vista biológico para determinar sua influência na saúde.   Os cientistas fizeram uma experiência com 216 voluntários, incluindo 116 homens e 100 mulheres de origem européia, todos entre 45 e 59 anos e sem histórico de doenças coronárias ou tratamento de hipertensão.   Dos participantes do estudo foi medida a pressão arterial antes de cada experiência e foram feitos testes de saliva para verificar os níveis de cortisol, um hormônio segregado pelo organismo nas situações de estresse. Além disso, monitoraram o ritmo cardíaco dos participantes, aplicaram neles um teste psicológico para identificar possíveis problemas psíquicos e os submeteram a exames para medir seu estresse em resposta a estímulos mentais.   A pesquisa concluiu que o bom humor tem relação com a redução de problemas neuroendócrinos, inflamatórios e cardiovasculares e com o fortalecimento do sistema imunológico. O cortisol desempenhou um papel importante como indicador de saúde. Este hormônio segregado em situação de tensão física e emocional e sua alta concentração favorecem o surgimento de doenças como a obesidade abdominal, a hipertensão ou o diabetes tipo II e os transtornos auto-imunes, como a psoríase.   No estudo, as pessoas com atitudes neutras ou tristes apresentaram o nível de cortisol 32% mais alto do que aquelas que afirmaram estar mais satisfeitas ou felizes. Um percentual significativo que, segundo a pesquisa, poderia ser um risco para a saúde se persistisse durante meses ou anos. Os altos níveis de cortisol são característicos de alguns estados depressivos, mas os pesquisadores britânicos destacaram que não estar feliz provoca um efeito similar.

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