A doença, um dos distúrbios reumáticos mais comuns, ocorre devido à inflamação e degradação da cartilagem nas articulações
Estudo espanhol, divulgado no Congresso Mundial de Osteoartrite, revela que 25% dos pacientes em tratamento contra osteoartrite sofrem de depressão ou ansiedade. Isto equivale a um em cada quatro portadores da doença e em cerca de 15% das pessoas com tendinite e outras formas de reumatismo. No Brasil, onde existem cerca de 15 milhões de pessoas atingidas pela osteoartrite, essa porcentagem chega a ser alarmante. Dados do Ministério da Saúde mostra que ela atinge 80% da população acima dos 70 anos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a osteoartrite é a quarta doença que mais reduz a qualidade de vida. Segundo o reumatologista Felipe Prata Misiara, entre os principais estão dor, que pode piorar com movimentos, inchaço, calor local e rigidez. Por provocar dificuldade de andar ou em realizar as atividades habituais, a doença gera queda na qualidade de vida, afeta negativamente o humor, causando ansiedade e depressão, fatores que dificultam o controle da doença, quando não tratada adequadamente.
O especialista explica que a doença, um dos distúrbios reumáticos mais comuns, ocorre devido à inflamação e degradação da cartilagem nas articulações, que podem atingir também ossos abaixo da cartilagem, ligamentos e tendões, está geralmente relacionada a questões genéticas, endócrinas, como diabetes, gota, traumas e às artrites inflamatórias auto-imunes, como a artrite reumatóide.
Entre os principais fatores de risco o especialista destaca a idade, predisposição genética, muito comum na artrose de mãos, obesidade, fortemente ligada à artrose de joelhos, trauma repetitivo numa mesma região, alterações mecânicas das articulações, como desalinhamentos e instabilidades. “A osteoartrite não é uma consequência do envelhecimento, mas está muito presente em pessoas acima dos 65 anos, sendo considerada a doença reumática mais comum nessa faixa etária”, destaca Misiara.