Embora tenha havido mudanças nos diagnósticos de HIV+, os óbitos diminuíram. Em 2009, houve 17 mortes, sendo cinco ...
Embora tenha havido mudanças nos diagnósticos de HIV+, os óbitos diminuíram. Em 2009, houve 17 mortes, sendo cinco mulheres e 12 homens, para apenas quatro (metade homens), este ano.
A explicação para essa queda é a alteração no foco do tratamento. Hoje procura-se conscientizar os portadores a buscarem mais qualidade de vida, desde a procura pela prevenção até a realização dos testes anti-HIV, sífilis, hepatites B e C, fornecidos pelo Centro de Testagem e Aconselhamento quanto ao tratamento correto e manutenção da saúde do corpo como um todo.
“O diagnóstico precoce agiliza o tratamento. No caso da Hepatite C que tem cura, cessa a contaminação, e no caso da HIV, que não tem cura, mas tem controle, com o tratamento aumenta a sobrevida e diminui a transmissão”, afirma o infectologista Fernando de Freitas. Para ele, se o governo investir em educação, tanto de prevenção quanto de diagnóstico precoce, é possível desacelerar as transmissões.
Apesar de não ter cura, a Aids não é mais uma sentença de morte. “Com o advento da terapia retroviral, o coquetel fornecido gratuitamente pelo Estado, composto por no mínimo três medicamentos, a qualidade de vida dos pacientes mudou completamente. A sobrevida é semelhante à população saudável. Para isso, o controle tem que ser contínuo, mas hoje os portadores de HIV morrem de outras doenças que não estão relacionadas à Aids, como doenças cardíacas”, alerta.
Com a expectativa de vida elevada, portadores desenvolvem hipertensão, diabetes, colesterol, depressão e doenças degenerativas, problemas que podem matá-los, independente da presença do vírus HIV. Por isso, o médico recomenda que o portador passe a se preocupar com a alimentação saudável, pratique atividade física regular e participe de atividades de lazer.
O uso de preservativos, feminino ou masculino, ainda é a forma mais eficaz de prevenção, mas o tratamento precoce das doenças é uma maneira secundária. As mulheres podem procurar atendimento no Caism, e os homens, no CTA, com atendimento de segunda a sexta, das 7h às 16h. Informações pelo telefone 3321-8750.