SAÚDE

Exame previne câncer do intestino em até 90% dos casos

Mesmo assim, incidência da doença aumenta no Brasil. Instituto Nacional de Câncer prevê que balanço de 2008 termine com diagnóstico de 16.380 novos casos no Sudeste.

Faeza Rezende
faeza.rezende@jmonline.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 15:07
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O câncer colo-retal, ou câncer do intestino, é um dos tipos de tumor que possuem prognóstico positivo, com 90% de sobrevida, se diagnosticado no início. Mesmo assim, a enfermidade é a segunda causa de morte por câncer em homens e mulheres nos Estados Unidos, sendo responsável por mais de 50 mil óbitos anualmente.   A incidência da doença aumenta em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde o Instituto Nacional de Câncer prevê que o balanço de 2008 termine com o diagnóstico de 16.380 novos casos de câncer colo-retal apenas na região Sudeste.   A médica gastroenterologista Mara Virgínia Lellis Marçal explica que colonoscopia (endoscoscopia do intestino) é o exame mais indicado para a prevenção da doença, por ser simples, seguro e detectar lesões pré-cancerosas chamadas de pólipos. “Os pólipos podem ser benignos e não causarem sintomas, mas, com o tempo, podem evoluir para o câncer. Através da colonoscopia, podemos não só detectá-los, mas retirá-los e assim prevenir o desenvolvimento do câncer em 76% a 90% dos casos”, ressalta a especialista.   A indicação da médica é para que o exame seja realizado a cada 10 anos ou em intervalos menores, dependendo dos fatores de risco. “Alternativamente, pode-se prevenir através de pesquisa de sangue oculto nas fezes anualmente e sigmoidoscopia a cada 5 anos. Além disso, podem ser realizados testes genéticos em indivíduos com histórico familiar de síndromes polipóides”, conta Marçal.   Com uma dieta saudável, a gastroenterologista explica que também é possível prevenir o câncer, com um cardápio rico em fibras, como as frutas, tubérculos e legumes. De outro lado, a alimentação rica em calorias, gordura de origem animal, conservantes e carnes vermelhas é um dos fatores de risco para o tumor.   Conforme Marçal informa, o risco de câncer de cólon também é maior após os 50 anos, apesar de a doença poder ocorrer em qualquer idade. Ainda são fatores de risco para a doença o tabagismo, a história familiar ou pessoal de pólipos ou câncer de intestino, a história pessoal de doença inflamatória intestinal, tais como Doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa (RCUI), e a história de síndromes polipóides ou não polipóides familiares.   De acordo com a especialista, geralmente, o câncer em fase inicial não causa nenhum sintoma. “Eles aparecem quando a doença já está avançada e incluem sangramento nas fezes, alterações do hábito intestinal, afilamento das fezes, dor abdominal persistente, emagrecimento sem causa aparente, cansaço, anemia”, esclarece.   A recomendação da médica é para que, a partir do aparecimento de qualquer um destes sintomas, se procure imediatamente auxílio para investigação diagnóstica e tratamento. Quanto mais cedo for constatado o tumor, maiores são as chances de cura.   “Há possibilidade de sobrevida de 90% em cinco anos para os casos iniciais, enquanto apenas 10% sobrevivem cinco anos quando a doença é detectada tardiamente”, orienta Mara Marçal, acrescentando que o tratamento pode ser pela retirada endoscópica ou cirúrgica do tumor e, em alguns casos, há também necessidade de complementar o tratamento com radio ou quimioterapia.   

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