SAÚDE

Exames no Hélio Angotti serão normalizados na 2ª

O Departamento de Medicina Nuclear do Hospital Dr. Hélio Angotti enfrentou problemas nesta semana, com a falta do elemento radioativo

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:25
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O Departamento de Medicina Nuclear do Hospital Dr. Hélio Angotti enfrentou problemas nesta semana. Os exames de cintilografia funcionaram parcialmente. Em fevereiro, hospitais e clínicas de todo o país passaram a lidar com um reajuste na ordem de 70% no preço de geradores de tecnécio (Tc), principal produto usado para realizar o exame. O aumento gerou uma crise e um endividamento de cerca de R$ 3 milhões. O problema agravou-se em alguns lugares, agora, pela falta do elemento radioativo destinado à medicina nuclear no mercado, produzido pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).   Segundo a Assessoria de Comunicação do hospital, a MDS Nordion, empresa que fornece o molibdênio-99, matéria-prima para a produção dos geradores, enviou comunicado sobre a parada do reator nuclear de produção da National Research Universal (NRU), em Ontário, no Canadá, por causa da manutenção de um equipamento. “Aproximadamente 300 clínicas e hospitais em todo o país recebem o produto semanalmente, apenas fabricado pelo Ipen no país. Trata-se de uma crise mundial”, explica o superintendente do instituto, Nilson Dias Vieira, que enviou carta a todos os clientes informando sobre o problema e sugerindo criar condições para facilitar as marcações de exames. O instituto informou na quinta-feira, 4, que vai concentrar esforços para diminuir o tempo de processamento do material.   Neste caso, o tempo é um fator fundamental quando se trata da utilização dos radiofármacos – substâncias emissoras de radiação para a radioterapia e exames de diagnóstico por imagem. “É um exame que serve para identificação de cânceres, problemas cardíacos, pulmonares, renais e tem uma aplicação bastante ampla, semelhante ao raio X e à tomografia, em termos de diagnóstico de doenças”, explica um dos médicos responsáveis pelo Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Hélio Angotti, Gabriel Prata Resende. Ele informa, ainda, que a demanda, que é de 400 a 500 exames por mês, não foi drasticamente afetada. O Departamento de Medicina Nuclear, que tem como responsável o médico nuclear George Calapodopulos, atende cerca de 20 pessoas por dia, somente nesta área. A Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear (SBBMN), que mantém contato constante com o Ipen, ofereceu perspectivas de fornecimento de insumos radioativos nos próximos dias. Remessas de Tálio-201, substância que substituirá o tecnécio temporariamente, deve chegar ao Brasil hoje, sendo distribuído, pelo menos, 18% do que foi solicitado inicialmente, a fim de minimizar o problema onde os exames estão parados. A previsão é de que novas remessas desse isótopo serão processadas pelo IPEN, com previsão de entrega para segunda-feira, 8.   Medicina Nuclear. É o método de diagnóstico por imagem que emprega radioatividade para diagnosticar ou tratar doenças. Utiliza pequenas porções de substâncias radioativas, os chamados “traçadores”, que, introduzidas no corpo, são atraídas para órgãos específicos, produzindo emissões. A localização dessas emissões é detectada por uma câmara especial de cintilação, que as transforma em imagens e, assim, permite ao médico nuclear identificar alterações e diagnosticar doenças. Esse exame é conhecido como cintilografia. Além de ser seguro e indolor, apresenta grande sensibilidade para detectar anormalidades nas funções do órgão examinado. A medicina nuclear também é utilizada para tratamento de doenças, como hipertireoidismo, câncer de tireoide, doença de Plummer e dor óssea.

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