SAÚDE

Excessos em festas de fim de ano elevam em até 20% o "mau" colesterol

Mas a boa notícia é que, ao voltar à rotina alimentar e ao peso de antes dos excessos, os níveis de gordura e de plasma se normalizam

Publicado em 12/01/2019 às 10:40Atualizado em 17/12/2022 às 17:13
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As confraternizações de dezembro deixam um saldo de quilinhos a mais em praticamente todo mundo. E eles não vêm desacompanhados... Segundo estudo da Universidade de Copenhague, o peso extra aumenta taxas elevadas de colesterol. A pesquisa, publicada na revista Atherosclerosis, é a primeira a demonstrar, em um grupo grande de pessoas, que as festas de fim do ano são seguidas de aumento na quantidade de lipídios circulando no sangue.

Mas a boa notícia é que, ao voltar à rotina alimentar e ao peso de antes dos excessos, os níveis de gordura e de plasma se normalizam. Portanto, o ideal é não se acomodar com o novo peso e correr atrás do prejuízo.

Os pesquisadores se basearam no Estudo Populacional Geral de Copenhague e usaram informações de 25.764 indivíduos com idade entre 20 e 100 anos. Como resultado, eles perceberam que, comparadas às pessoas que fazem exame de sangue entre maio e junho, aquelas examinadas de dezembro a janeiro apresentam taxa de colesterol 15% mais elevada. Se considerado apenas o LDL, chamado de “mau” colesterol, o valor é 20% maior no segundo grupo. Quanto mais próximo das festividades, maior o aumento dos lipídios no plasma.

A pesquisa traz duas mensagens importantes. A primeira é que uma alimentação desregrada associada ao alto consumo de bebida alcoólica não só engrossa a silhueta, como provoca, muito rapidamente, aumento do colesterol. Isso significa que, quem adota o excesso como regra não só no fim do ano, corre o risco de hipercolesterolemia, condição que afeta a saúde cardiovascular, com consequências como acidentes vasculares e infartos.

Em contrapartida, aqueles que se esforçam para voltar ao peso e aos hábitos antes das festas não têm com o que se preocupar. "Para fazer mal, o colesterol alto tem de estar presente por períodos muito longos. Um aumento transitório não é suficiente para trazer consequências, desde que a pessoa consiga retornar ao peso normal", esclarece Rodrigo Moreira, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

Outra lição é que o check-up anual deve ser adiado para pelo menos fevereiro. Isso porque há o risco de se detectar hipercolesterolemia e iniciar tratamento desnecessário para controle do colesterol.

*Com informações do Estado de Minas

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