Nesses locais não há instalações básicas para higiene das mãos e a separação correta e segura de eliminação de resíduos
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Dados da OMS apontam que sete mil bebês morreram em 2017 pela inadequação no parto
Uma em cada quatro unidades de saúde no mundo, considerando, sobretudo, os países em desenvolvimento, tem problemas graves de falta de serviços básicos de água e higiene, causando impacto em mais de dois bilhões de pessoas.
Nesses locais não há instalações básicas para higiene das mãos e a separação correta e segura de eliminação de resíduos.
Os dados estão em um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto de Monitoramento do Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas para Abastecimento de Água, Saneamento e Higiene.
Segundo o estudo, sete mil recém-nascidos morreram em 2017, o que poderia ter sido evitado se houvesse condições adequadas nos centros de saúde. A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apelam para que as autoridades públicas tomem as providências.
O documento informa que os cuidados básicos de higiene são fundamentais para prevenir infecções, reduzir a disseminação da resistência antimicrobiana e garantir um parto seguro.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, advertiu sobre as ameaças contidas na ausência de cuidados nos centros de saúde no mundo.
“Os serviços de água, saneamento e higiene nas unidades de saúde são os requisitos mais básicos de prevenção e controle de infecções e de atendimento de qualidade. São fundamentais para respeitar a dignidade e os direitos humanos de todas as pessoas que procuram cuidados de saúde e dos próprios profissionais de saúde”, ressaltou.