Em 2018, Uberaba registrou 22 casos novos, que estão em tratamento
Foto/Jairo Chagas
Segundo Robert Boaventura, estande contará com médicos e enfermeiros
Hoje, 27 de janeiro, é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase. O Brasil ocupa a segunda posição no mundo entre os países que registram casos novos. Em razão disso, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país. Neste domingo, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica, realiza ação de combate e prevenção, das 8h às 12h, na Feira da Abadia, onde haverá estande com médicos e enfermeiros, esclarecendo sobre a doença e agendando consultas.
De acordo com o chefe do departamento, Robert Boaventura, a mobilização é feita durante todo o ano. No mês de dezembro, foi realizada capacitação com mais de 100 funcionários, em todas as unidades, sobre a doença.
Em 2018, Uberaba registrou 22 casos novos, que estão em tratamento. Segundo Boaventura, este ano não foi identificado nenhum caso até o momento. “Dentre os sintomas, estão as manchas vermelhas/amarronzadas, perda de cabelo, falta de secreções ou suor, e a pessoa ficar indolor, sem sensibilidade ao calor ou à dor”, explica.
Robert Boaventura ressalta que a doença tem cura e o tratamento, em Uberaba, é feito no Centro de Saúde Eurico Villela. Ao apresentar os sintomas, a pessoa pode ir a uma das unidades para fazer exames. “Caso dê positivo, é feito o encaminhamento e a pessoa será acompanhada por médico dermatologista e outros profissionais. O medicamento é oferecido gratuitamente durante todo o tratamento”, afirma. Destaca que os familiares que residem na mesma casa recebem acompanhamento, pois também podem estar contaminados. “A partir da identificação, a pessoa é tratada e não tem mais perigo de transmitir a doença para ninguém”, tranquiliza.
Segundo o Ministério da Saúde, a hanseníase, conhecida antigamente como lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo o território nacional. “Quanto mais precoce a pessoa começar o tratamento, melhor será o desenvolvimento para a cura da doença”, finaliza.