Foto/Divulgação
Ina Márcia de Oliveira Sousa esclarece que o câncer de boca é um tumor maligno que se desenvolve em qualquer área bucal
Estima-se que neste ano sejam registrados 14.700 novos casos de câncer bucal, sendo 11.200 homens e 3.500 mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). De acordo com a odontóloga Ina Márcia de Oliveira Sousa, o câncer de boca é um tumor maligno que se desenvolve em qualquer área bucal e parte da garganta, podendo afetar lábios, língua, céu da boca, gengiva, amígdalas e glândulas salivares.
Ina Márcia explica que a doença pode se manifestar sob forma de feridas que não cicatrizam em um período maior que 21 dias, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramento sem causas conhecidas, dor de garganta que não melhora, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio. “Em fase mais evoluída, provoca mau hálito, dificuldade em falar e engolir, caroços no pescoço e perda de peso”, destaca.
Diagnóstico pode ser feito pelo cirurgião-dentista, por meio do exame clínico, conforme Ina, onde será avaliada a condição bucal e, também, uma palpação na região da cabeça e do pescoço para averiguar se existem nódulos infartados. “Ele pode, ainda, solicitar exames de imagem, como radiografia ou tomografia, e exame de biópsia”, detalha a especialista.
Segundo a odontóloga, as principais causas que podem estimular o desenvolvimento da doença são fumo e álcool, principalmente quando esses fatores são associados, já que o álcool potencializa a ação das substâncias cancerígenas contidas no cigarro. Ina Márcia acrescenta alguns fatores de risco, como a falta de higiene bucal, alimentação pobre em vitaminas e minerais, sobretudo em vitamina C; exposição excessiva ao sol, vírus do papiloma humano (HPV), idade, radiação ultravioleta e sistema imunológico enfraquecido.
Manter uma higienização bucal adequada, alimentar-se corretamente, realizar o autoexame e visitar o cirurgião-dentista regularmente contribuem para diminuir o risco de desenvolver o câncer bucal. “A qualquer anormalidade observada deve-se procurar ajuda de um profissional da área da saúde para que se faça um diagnóstico precoce. Com esses cuidados, torna-se possível salvar mais vidas”, completa.