SAÚDE

Governo ampliará distribuição de kits para testes rápidos anti-HIV

Estima-se que pelo menos 255 mil brasileiros estejam infectados pelo vírus da Aids e ainda não tenham se submetido ao teste, 3,3 milhões de kits serão liberados

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:16
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Para reverter a situação, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST e Aids, encaminhará 3,3 milhões de kits para teste rápido anti-HIV aos estados em 2009.

Trata-se do dobro do que foi repassado este ano e um investimento de cerca de R$ 18 milhões. A iniciativa tem como objetivo ampliar o diagnóstico da infecção pelo vírus da Aids, que hoje é feito de forma tardia em cerca de 40% dos casos.

O material será encaminhado aos estados conforme solicitação das Secretarias de Saúde. Os testes rápidos – realizados a partir da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo – eram utilizados, inicialmente, para exames em populações de difícil acesso, gestantes não testadas no pré-natal e vítimas de violência sexual.

A partir de março de 2006, foram adotados também como estratégia de mobilização para ampliar o diagnóstico na população geral. Seu maior benefício é chegar a locais onde o resultado é demorado e dar o diagnóstico na hora, além da dispensa de equipamentos laboratoriais.

"Muitos dos que estão infectados pelo HIV não conhecem sua condição sorológica. Sem o exame, é provável que esse grupo seja diagnosticado apenas quando desenvolver os sintomas da doença", afirma a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão.

Estudo realizado entre 2003 e 2006 apontou que 43,7% dos pacientes chegaram aos serviços de saúde já com deficiência imunológica ou quadro clínico de sintomas da Aids.

Mariângela Simão lembra ainda que, numa epidemia de transmissão prioritariamente sexual, todos os que já se expuseram a uma situação de risco, como sexo desprotegido de risco com parceiro eventual, por exemplo, devem fazer o exame. O teste é oferecido pelos serviços públicos de saúde de forma sigilosa.

"A ampliação do acesso aos testes anti-HIV é um aspecto importante da resposta brasileira à epidemia. Conseguimos avançar muito nos últimos anos, mas precisamos incentivar ainda mais as pessoas a conhecerem sua condição sorológica", afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

O ministro refere-se aos dados parciais de uma pesquisa de comportamento realizada pela própria pasta, que mostra um aumento de 67% do número de pessoas que já fizeram exames no país. Em 1998, apenas 24% da população entre 15 e 54 anos havia se testado. Em 2008, esse índice foi de 40%.

Entre as razões para esse aumento estão a maior oferta do teste nas redes SUS e privada, além da implantação, em 2004, do teste rápido anti-HIV. Desde então, foram repassados cerca de 4 milhões de kits para os estados, com crescimento ano a ano.

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