De acordo com Márcia Maria de Souza, referência técnica em hantavirose da GRS, em 2009, foram confirmados na região seis casos, dos quais dois evoluíram para óbito, sendo ...
Gerência Regional de Saúde (GRS) registra aumento de casos de hantavirose na região, que abrange 27 municípios da macrorregional Triângulo Sul. O crescimento foi observado em especial entre mulheres, inclusive com acréscimo de cerca de 20% no número de óbitos, em decorrência da doença. Uberaba, apesar de não ser considerada área de surto, confirmou um caso sem cura em 2010.
De acordo com Márcia Maria de Souza, referência técnica em hantavirose da GRS, em 2009, foram confirmados na região seis casos, dos quais dois evoluíram para óbito, sendo um caso notificado em Uberaba sem morte. O índice de casos que apresentaram complicações e não obtiveram cura é de 33,3%. Entre os casos, apenas uma mulher foi contaminada e os municípios com registro de maior incidência foram Ibiá e Araxá, ambos com óbitos.
Em 2010, foram notificados pela GRS 14 casos confirmados da doença, dos quais três são mulheres e 50% evoluíram para óbito. Araxá foi o município mais atingido, com quatro casos e duas mortes. Uberaba teve apenas um caso, que resultou em óbito. “E é significativo o número de pacientes que moram na zona urbana e que vão à zona rural a trabalho ou a passeio e se contaminam”, revela a referência.
Na avaliação da referência técnica, alguns fatores têm contribuído para o aumento de casos da doença na região. “Esses municípios sofrem muito com a rotatividade de profissionais de saúde e médicos. Por isso, a recomendação é de que os profissionais sejam sempre orientados que naquela cidade onde ele está lotado há casos de hantavirose. E pedimos muito aos municípios que treinem agentes de saúde para a divulgação da doença na zona rural e urbana da região”, alerta Márcia. Mas ela revela que é importante que a população tome medidas de prevenção.