São cerca de quatro milhões de novos casos de infecção por ano. Silencioso, o vírus pode não se manifestar por mais de 20 anos, por isso os portadores costumam descobrir sua condição em um estágio muito avançado. O diagnóstico tardio faz da doença um dos mais sérios problemas de saúde pública do Brasil, onde a enfermidade já infecta cinco vezes mais que a Aids.
Segundo o Ministério da Saúde, já são dois milhões de brasileiros com a doença, que é também uma das principais causas de cirrose, câncer de fígado e insuficiência hepática. Além disso, todas as pessoas que receberam sangue antes de 1992 têm grandes riscos de estar infectadas com o vírus da hepatite C (HCV). No Brasil, antes dessa data, o material destinado às transfusões não era analisado para a detecção da doença.
O HCV é transmitido pelo contato com sangue contaminado. Atualmente, as formas mais comuns de contágio são o uso de drogas com agulhas e seringas compartilhadas e manipulação de material que corte ou fure a pele, como lâminas, bisturis, alicates e agulhas, esterilizados de forma incorreta.
Apesar de ser um problema bastante sério, nada impede que o portador da hepatite C possa ter uma vida normal. Cerca de 20% dos infectados eliminam o vírus espontaneamente.
Dos 80% restantes, quase dois terços, quando tratados corretamente, são curados.