SAÚDE

Hospitais não interrompem tratamento contra câncer

Segundo a farmacêutica Larissa Silva Vilarinho, do Hospital Hélio Angotti, como o laboratório começou a apresentar dificuldade em atender o volume de pedidos do ...

Publicado em 22/02/2011 às 11:02Atualizado em 20/12/2022 às 01:32
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No domingo, 13, o programa Fantástico, da Rede Globo, veiculou reportagem a respeito da falta de alguns medicamentos no mercado, especialmente os que fazem parte de tratamentos contra câncer, como o asparaginase e o tioguanina. Enquanto hospitais pelo país estão interrompendo tratamentos, em Uberaba, tanto o Hospital Hélio Angotti como o Hospital de Clínicas da UFTM estão com atendimento normal.

Segundo a farmacêutica Larissa Silva Vilarinho, do Hospital Hélio Angotti, como o laboratório começou a apresentar dificuldade em atender o volume de pedidos do medicamento asparaginase, os médicos do hospital fizeram pedido das doses necessárias antecipadamente para que nenhum dos dois pacientes internados tivesse que interromper o tratamento. “Chegamos a pensar em outra alternativa, que é o importado, com estabilidade maior, sendo possível reaproveitá-lo, mas tornou-se inviável, por ser mais caro. Enquanto o asparaginase custa em torno de R$ 77, o frasco, o importado chega a

R$ 2 mil, o que não significa que será mais fácil comprá-lo, já que demora 15 dias para chegar”, afirma.

Larissa Silva explica que o problema com esse medicamento é antigo. “Ele era produzido pelo laboratório Prodomo, que acabou fechando. Portanto, ficamos um tempo sem ele. Acredito que a dificuldade seja porque hoje o asparaginase é produzido apenas pelo laboratório Bagó. Se o problema permanecer, pode ser que falte o medicamento para nós também, mas por enquanto nosso atendimento está normal”, revela. Quanto ao tioguanina, utilizado para tratamento contra leucemia, também citado na reportagem, a farmacêutica esclarece que o hospital está se readequando para receber novos pacientes, cuja maioria ainda é tratada no Hospital de Clínicas.

Hipertensão. De acordo com a farmacêutica Mauritânea Rodrigues, do HC, no local também houve falta do asparaginase, mas o problema já foi contornado. “Na época, houve desespero e muitos pacientes precisaram interromper o tratamento. Por enquanto, não há falta para os internados”.

Já o minoxidil, utilizado contra hipertensão e para o tratamento renal, falta até hoje, de acordo com a farmacêutica, e médicos tiveram que substituí-lo. No município, há cerca de 27.990 portadores de hipertensão cadastrados no programa Hiperdia da Secretaria Municipal de Uberaba e, segundo a farmacêutica Gabriela Vizzoto Gomes, eles têm recebido o captopril, medicamento encontrado com mais facilidade no mercado.

Quanto ao metotrexato, substância empregada contra artrite reumatoide – doença incurável que atinge articulações –, segundo Mauritânia Rodrigues, é aplicado intravenoso em pacientes internados no HC para tratamento quimioterápico contra o câncer. “Até o momento, não houve falta desse remédio”, diz. No caso de atendimento ambulatorial, o metotrexato pode ser encontrado manipulado em forma de comprimidos.

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