SAÚDE

Importação de células reprodutoras humanas aumenta

Relatório aponta aumento recorde de autorizações da Anvisa para a entrada de amostras seminais e de oócitos no país

Publicado em 06/12/2018 às 18:52Atualizado em 17/12/2022 às 16:13
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A importação de amostras seminais (sêmen) para uso em reprodução humana assistida (RHA) no Brasil alcançou índice recorde em 2017. De acordo com a Anvisa, no ano passado foram emitidas 860 autorizações dessa natureza, contra 436 em 2016, o que representou um aumento de 97% em apenas um ano.

O levantamento da Agência também inclui, pela primeira vez, informações sobre importação de oócitos (células reprodutivas femininas), que totalizaram 321 amostras em 2017. O número corresponde a um aumento de 1.359% em relação ao total dos anos de 2015 e 2016 (22 oócitos importados no período).

Considerando uma série histórica com todas as autorizações concedidas pelo órgão para a importação de gametas, entre 2011 e 2017 o total chegou a 1.950 amostras seminais e 357 oócitos.

Os dados estão no segundo Relatório de Dados de Importação de Células e Tecidos Germinativos para Uso em Reprodução Humana Assistida, divulgado pela Anvisa nesta segunda-feira (3/12).

O levantamento foi preparado pela Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO) e cumpre o objetivo de apresentar e discutir dados relativos à importação desses materiais biológicos no Brasil.

Além do histórico do número de anuências de importação concedidas pela GSTCO, a publicação traz informações sobre a procedência e o destino das amostras por região demográfica e por unidade federada, bem como as principais características fenotípicas dos doadores e doadoras, além do perfil dos solicitantes. 

Por que importar amostras?

De acordo com o relatório, os pacientes brasileiros buscam opções fora do Brasil devido ao aumento da divulgação dos bancos internacionais, bem como pela disponibilidade da importação deste tipo de material, além de um maior número de bancos nacionais com acesso aos serviços de outros países.

Outro fator é que há maior quantidade de doadores e doadoras em bancos internacionais, com ampla disponibilidade de acesso às suas características físicas, intelectuais e psicológicas. Também pesa na decisão a disponibilidade de amostras com diversidade de testes genéticos já realizados.

No caso de amostras seminais, há maior disponibilidade de informações sobre a família do doador, inclusive com relatos de doenças preexistentes. Há, ainda, possibilidade de acesso às fotos desses doadores quando crianças.

Um aspecto que também influencia a escolha é que há poucos bancos de sêmen no Brasil, o que, na maioria das vezes, resulta na dificuldade de se encontrar amostras com as características pretendidas pelos futuros pais.

No caso de gametas femininos, a importação acontece por razões como a ausência de bancos de oócitos congelados para doação no Brasil e o aumento do número de mulheres com idade avançada procurando tratamento em reprodução humana.

Para a Anvisa, esses aspectos explicam a tendência de crescimento das importações de células reprodutivas humanas.

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