SAÚDE

Infecção por HIV/Aids cresce 11% no Brasil, segundo ONU

Depois de 32 anos, desde o primeiro caso relatado no Brasil, a Aids ainda é uma doença grave, sem cura e controlada com medicamentos que trazem efeitos colaterais aos portadores

Thassiana Macedo
Publicado em 02/12/2014 às 20:21Atualizado em 17/12/2022 às 02:26
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Depois de 32 anos, desde o primeiro caso relatado no Brasil, a Aids ainda é uma doença grave, sem cura e controlada com medicamentos que trazem efeitos colaterais aos portadores. No início dos anos de 1980, a doença tornou-se uma epidemia mundial ao infectar milhões de pessoas e tirar muitas vidas. Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado este ano, revela que os casos cresceram 11% entre 2005 e 2013.

Estima-se que 720 mil pessoas vivem com HIV e Aids no Brasil, sendo que 150 mil não sabem de sua condição sorológica. A prevalência da infecção de 0,4% na população sexualmente ativa, ou seja, entre 15 e 49 anos, é considerada estável desde 2004. A taxa de detecção de Aids no país está estabilizada em 20 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença por ano.

No mundo, segundo o mesmo relatório, os casos caíram 38% nos últimos doze anos e especialistas da Unaids, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, acreditam que até 2030 a epidemia esteja controlada. Em Uberaba, segundo o Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, os números também são mais positivos. Levantamento revela que entre a população adulta do município foram registrados 58 novos casos de Aids em 2011, 97 em 2012, 69 em 2013 e apenas 32 casos até o momento em 2014.

Entre crianças, o departamento registrou um caso em 2011 e outro em 2012, sendo que tanto em 2013 quanto até agora, nenhum novo caso foi notificado. Entre a população gestante do município, a secretaria informa que foram notificados 26 novos casos em 2011, outros 26 em 2012, número que caiu para 15 no ano passado e para onze este ano.

Recentemente, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição de duas novas formulações de medicamentos para os pacientes de Aids pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é beneficiar em torno de 135 mil pessoas em tratamento com as novas formulações. Uma das inovações é o ritonavir 100 mg na apresentação termoestável, que poderá ser mantido em temperatura de até 30 °C. Isso representa um avanço, já que o remédio, até então, necessitava de armazenamento em câmara fria, com temperatura entre 2 °C e 8 °C.

Em dezembro deste ano, portadores já terão o tenofovir 300 mg, composto com a lamivudina 300mg em um único comprimido, o chamado “2 em 1”. A nova formulação é produzida nacionalmente e distribuída pela Farmanguinhos/Fiocruz. Atualmente, em torno de 75 mil pacientes estão em uso das monodrogas, utilizando um comprimido de tenofovir e dois comprimidos de lamivudina 150 mg ao dia.

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