SAÚDE

Infectologista explica esquema de prevenção da doença

O município não recebeu número suficiente de doses da vacina antirrábica para imunizar toda população de cães e gatos.

Publicado em 29/01/2012 às 11:13Atualizado em 17/12/2022 às 08:02
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A infectologista Cristina Hueb Barata revela que, no ano passado, o município não recebeu número suficiente de doses da vacina antirrábica para imunizar toda a população de cães e gatos. “Isso significa que há chance de o vírus estar circulando hoje com maior intensidade. Essa é a principal preocupação. Algumas pessoas não entendem que o cão da família também pode ser portador do vírus. Ele pode não adoecer, mas pode ser portador do vírus da raiva”, destaca.

Por isso, a médica destaca que as pessoas que sofrerem algum tipo de acidente com animais, independente da gravidade, devem estar cientes de que correm algum risco de contrair a doença. “E não podem, de maneira nenhuma, interromper o tratamento antes da conclusão, porque a pessoa ou o animal podem não apresentar nenhum sintoma, mas é melhor tomar algumas picadinhas que são subcutâneas, não doem e não causam reações do que desenvolver a doença que não tem cura, nem tratamento”, esclarece. O momento ideal para procurar o atendimento é logo após o acidente. “Sabemos que em até dois meses após o acidente ainda é possível prevenir o desenvolvimento da doença, mas quanto mais precoce for a vacinação, melhor”, frisa Hueb.

Prevenção. A especialista explica que o primeiro passo após um acidente com animal é lavar o ferimento com água e sabão. Se o acidente for considerado leve, com ferimentos superficiais decorrentes de mordida ou arranhão no tronco ou membros, exceto mãos e pés, e lambedura em lesões superficiais, a orientação é que a pessoa tome duas doses de vacina antirrábica, uma no dia do acidente e a outra três dias depois, quando houver suspeita de raiva. Se, após observar o animal por dez dias depois da exposição, ele morrer ou se tornar raivoso, o esquema de proteção inclui mais três doses.

Cristina Hueb explica ainda que o acidente é considerado grave quando houver ferimentos profundos e extensos na cabeça, face, pescoço, mãos e pés. Neste caso, os procedimentos de prevenção são os mesmos. Porém, se o animal for silvestre, desaparecer, morrer ou ficar doente, o esquema de prevenção consiste na aplicação de cinco doses da vacina e a administração de soro. Vale lembrar que alguns profissionais devem fazer teste sorológico de raiva a cada seis meses, se o contato rotineiro for intenso, ou anualmente, aos demais. Além disso, pessoas que se expõem continuamente ao risco de infecção, como profissionais de laboratório que atuam com o vírus ou com diagnóstico sorológico, médicos veterinários, tratadores, vacinadores e laçadores também devem fazer o esquema de vacinação regularmente, mesmo que não tenham sido vítimas de acidentes. (T.M.)

 

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