Infectologista fala sobre os desafios enfrentados pela especialidade durante a pandemia

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Com o atual cenário de pandemia mundial, causado pelo novo coronavírus, muito se fala sobre a figura do infectologista. Mas afinal, o que consiste a profissão? O médico Guilherme Henrique Machado explica as principais atribuições e os desafios da profissão para a pandemia. Atualmente o infectologista atua no Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), que está atendendo casos suspeitos de Covid-19.

“A infectologia é a especialidade médica que aborda as doenças infecciosas e parasitárias, sejam estas causadas por vírus, bactérias, fungos, protozoários ou outros microrganismos. O infectologista é o médico especialista no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes acometidos por doenças infecciosas.”

No último dia 11 foi comemorado o Dia do Médico Infectologista. A data, estabelecida pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), destaca um dos profissionais essenciais para a saúde pública, principalmente em um cenário de alta disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

O infectologista pontua que em emergências de novas doenças como o Covid-19, os especialistas podem atuar em estudos científicos, como aqueles que avaliam tratamentos e vacinas, além de orientar a comunidade baseados em tais estudos, assim como orientar o manejo clínico dos doentes, reduzindo a morbimortalidade de tais doenças.

No caso do MPHU ele explica que há uma Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados e nomeados pela direção hospitalar. “A comissão atua por meio de um conjunto de ações desenvolvidas com vistas a reduzir, ao máximo possível, a incidência e a gravidade das infecções hospitalares. É um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e a ela diretamente subordinado”.

Ainda segundo Machado, os desafios são imensos para a especialidade. “Estamos presenciando o crescimento de novas técnicas diagnósticas, rápidas e específicas, novos antibióticos e antifúngicos, conseguimos alcançar a cura da hepatite C com drogas de baixa toxicidade, o controle da infecção pelo HIV com melhor qualidade de vida, novas vacinas, anticorpos monoclonais e imunobiológicos, cada vez mais eficientes, assim como a atuação em situações de epidemia ou pandemia, como a que estamos vivendo atualmente”.