SAÚDE

Infectologista orienta sobre diagnóstico precoce da dengue

Cabe ao médico suspeitar de dengue se parentes ou o próprio paciente informarem notificações na família ou em vizinhos, explica a especialista

Thassiana Macedo
Publicado em 29/03/2011 às 10:36Atualizado em 20/12/2022 às 01:00
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Na sexta-feira, 25, o Jornal da Manhã trouxe, com exclusividade, denúncia de Neuza da Silva Marciana, mãe da menina L.V., de sete anos, que ficou internada por duas semanas, no mês de fevereiro, no Hospital de Clínicas (HC) da UFTM, com quadro de dengue hemorrágica, confirmada pela Secretaria de Saúde de Uberaba. A reportagem conversou com a infectologista do HC, Cristina Hueb Barata, que deu orientações de como proceder em caso de suspeita de dengue.

A demora em se suspeitar de dengue, em especial de dengue hemorrágica, na menina de sete anos poderia ter prejudicado o tratamento.

A dificuldade no diagnóstico da doença tem sido verificada em todo o país, mas a suspeita precoce é fundamental. “Como estamos vivendo uma época de grande risco, a população e os profissionais de saúde devem começar a suspeitar de dengue a partir do momento em que surgirem o quadro de febre, mal-estar, dor no corpo, dor de cabeça ou atrás dos olhos e manchas. Pode ser que não seja dengue, mas é preciso suspeitar, o que só será confirmado com alterações mais específicas no estado de saúde e com o exame de sorologia”, explica infectologista Cristina Hueb.

A médica não acompanhou o caso, mas quanto ao relato da mãe da menina L.V., sete anos, Cristina Hueb destaca que é preciso lembrar que nem sempre casos de dengue hemorrágica apresentarão

sangramento como sintoma. “Em qualquer momento é preciso suspeitar de dengue. No caso de febre, é preciso suspeitar também de doenças que apresentam esse sintoma, como febre amarela, leptospirose, hantavirose”, frisa.

De acordo com o 2º Levantamento de Índice de Infestação Rápida do Aedes aegypti (LIRAa), o índice de infestação predial do mosquito subiu de 2,8%, em janeiro de 2011, para 3,5%, em março deste ano, sendo que o preconizado pelo Ministério da Saúde é de 1%. Já se sabe que em regiões em que a doença está presente, como Uberaba, que apresenta risco médio de infestação, ao sinal de qualquer sintoma suspeito para dengue, a população não deve fazer uso de analgésicos sem orientação médica, mas deve guardar repouso e hidratação com ingestão de água, soro ou sucos naturais.

Segundo a infectologista, cabe ao médico suspeitar de dengue se parentes ou o próprio paciente informarem casos de dengue na família ou em vizinhos. “Se há casos dessa doença em torno do paciente com suspeita, a informação ajuda muito no diagnóstico clínico. Se vai depois ser confirmada a dengue ou não, é outro caso”, declara Hueb.

 

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