Pesquisa revela que 70% procurariam o médico mais cedo se soubessem que a dificuldade sexual pode estar aliada a doenças graves.
Pesquisa internacional revela que 70% procurariam o médico mais cedo se soubessem que a dificuldade sexual pode estar aliada a doenças graves, como diabetes, hipertensão e síndrome metabólica. O estudo internacional, apresentado recentemente em Bruxelas (Bélgica) durante o congresso das Sociedades Européia e Internacional de Medicina Sexual (ESSM/ISSM), mostra que 50% dos homens desconhecem as causas da disfunção erétil (DE). Entre os 174 entrevistados, 70% afirmaram que teriam procurado o médico mais rapidamente se soubessem que o problema poderia estar ligado a doenças como diabetes, hipertensão e síndrome metabólica. A DE atinge mais de 150 milhões de homens em todo o mundo e em 64% dos casos está associada a doenças crônicas. A pesquisa, denominada Restore the Man, reuniu dados de entrevistas realizadas com, aproximadamente, 174 pacientes com mais de 40 anos – todos eles homens com DE (47%) ou DE mais alguma doença associada (53%) – e 45 urologistas de nove países. Segundo os médicos entrevistados, somente 25% de seus pacientes chegam aos consultórios cientes de que a DE pode ser consequência de males crônicos. Entre os pacientes pesquisados, a maioria manifestou um desej encontrar uma causa para a DE e, assim, livrar-se do sentimento de culpa acarretado pela falha sexual. De acordo com o urologista Helder Machado, grande parte dos homens só procura o médico quando já não consegue mais manter ereções suficientes para a penetração. “A maioria sente vergonha da disfunção erétil e chega ao consultório estimulado pela parceira ou quando a relação conjugal está deteriorada”, diz Machado. Segundo o urologista, é importante que o homem se informe e esteja ciente sobre a ligação da DE com doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade. “A dificuldade de ereção é vista como um marcador para a síndrome metabólica e outros males que podem estar relacionados à queda dos níveis de testosterona”, explica Machado. “Portanto, é interessante que o paciente com DE faça a checagem de testosterona também”, completa o médico.