A quantidade de praticantes da ioga cresce cada dia mais no mundo inteiro. A técnica milenar indiana ganha adeptos inclusive no mundo...
A quantidade de praticantes da ioga cresce cada dia mais no mundo inteiro. A técnica milenar indiana ganha adeptos inclusive no mundo das celebridades, como a top Gisele Bundchen, que já declarou utilizar o método. Só nos Estados Unidos, são 15 milhões de pessoas praticando esta disciplina, enquanto no Brasil o número já é de 5 milhões. Para o instrutor de ioga Luc da Costa Ribeiro, esse aumento do número de praticantes é um fenômeno cultural. “A previsão é de que continue crescendo pelos próximos anos, pois não se trata de modismo, mas de uma tendência consistente, que traduz o aprimoramento cultural das pessoas. Entretanto, registre-se que o mais importante não é o crescimento quantitativo, e sim o qualitativo”, avalia o especialista. Ele acredita que o boom da ioga no Brasil se deve, sobretudo, ao aumento da cultura geral da população. A primeira classe a embarcar nessa nova tendência foram os jovens. Hoje, de acordo com o professor, quem mais pratica o SwáSthya – um dos 108 ramos da ioga – são profissionais liberais, executivos, empresários, intelectuais, artistas, universitários e desportistas. Ribeiro informa que, com qualquer idade, se pode praticar a ioga, mas o professor não recomenda a prática para menores de 16 anos. “Crianças e adolescentes não têm a bagagem cultural, o compromisso e, às vezes, a coordenação motora necessária. A idade ideal para iniciar é dos 16 aos 50 anos. A pessoa deve ser jovem interiormente e disposta a adotar um novo estilo de vida”, orienta. Segundo mestres hindus, a melhor idade para a prática da ioga é entre 20 e 40 anos. Isso acontece porque, como a ioga é uma filosofia de vida, ao começar cedo, a pessoa tem oportunidade de adotar os bons hábitos preconizados o quanto antes. Benefícios. De acordo com o instrutor de ioga, a proposta original da disciplina não menciona benefícios nem finalidades terapêuticas. “O maior ganho que o jovem pode ter na ioga antiga é, sem dúvidas, conseguir vivenciar profundamente nossa proposta cultural”, explica Ribeiro. Ele acrescenta que o Método DeRose de SwáSthya, seguido por ele, propõe uma reeducação comportamental que contempla especialmente o bom relacionamento entre os seres humanos e tudo o que possa estar associado a isso. Mas, para atingir esse objetivo, o método conta com algumas ferramentas que, por si só, trazem efeitos benéficos, como reeducação respiratória, administração do estresse, melhora do tônus muscular e da flexibilidade. Além disso, o professor conta que a ioga proporciona condições culturais e sociais para que os jovens se mantenham longe das drogas, do fumo e do álcool. “Somos uma comunidade cultural extremamente alegre e descontraída. Tudo isso junto, em última análise, conduz ao autoconhecimento”, completa. Ribeiro relata que os resultados são rápidos, fortes e duradouros, sendo que alguns praticantes já percebem efeitos na primeira aula ou progressos consideráveis no primeiro mês. “No entanto, como filosofia de vida, o SwáSthya deve ser vivenciado como um hábito do dia a dia. Os efeitos mais profundos são percebidos em longo prazo”, destaca. O praticante não começa diretamente nas turmas de ioga. Segundo o instrutor, todos iniciam a prática no pré-ioga, que são exercícios biológicos de introdução. “Caso a pessoa goste do pré-ioga, ela pode aí permanecer, mas não estará, ainda, praticando ioga. Se quiser realmente vivenciar a filosofia da ioga milenar, ela deve se aprimorar e passar à turma do SwáSthya. Nesta, sim, encontrará uma ioga autêntica e verdadeira, composta de uma prática extremamente completa, integrada por oito modalidades de técnicas, que paulatinamente conduzirão o praticante ao autoconhecimento”, afirma.