SAÚDE

Jornada discute dor orofacial crônica

Dores crônicas são aquelas que se arrastam por meses, de maneira periódica ou sem interrupção, causando estresse emocional, que atrapalha...

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:59
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Dores crônicas são aquelas que se arrastam por meses, de maneira periódica ou sem interrupção, causando estresse emocional, que atrapalha toda a vida. Atinge bilhões de pessoas em todo o mundo, distanciando-as do convívio de familiares e amigos, sem falar do afastamento dos postos de trabalho. Em Uberaba, a Liga de Dor Orofacial Crônica (Lidorc) da Universidade de Uberaba promove, hoje e amanhã, sua 6ª Jornada, que traz à tona a questão da dor crônica e a necessidade de considerá-la como importante para a saúde humana. Segundo o coodenador da Clínica de Dor e diretor da Policlínica Getúlio Vargas da Uniube, Anderson Silva, não existem pesquisas adequadas que mensurem o número de pessoas que sofrem de dores orofaciais crônicas. “No Brasil, as autoridades ainda não despertaram para o problema. Não reconhecem a dor como uma questão de saúde pública. Quem sofre é um paciente que não se enquadra no sistema único de saúde, que trata somente se o problema é específico a um profissional — dor de cabeça, com neurologista; dor de dente, com dentista —, sem que se faça uma ligação”, destaca.   Houve tentativas através do projeto Brasil Sem Dor, que seria descentralizado entre estados e municípios, mas que não foi firmado por falta de investimentos e maior adesão. Outro exemplo são os projetos de residência interdisciplinar, que até o momento são planos futuros. Poucas universidades trabalham a dor pelo regime de estudo interdisciplinar. A dor orofacial é uma condição associada à cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral, que podem ser causadas por uma infinidade de outros problemas, fatores psicológicos e outras doenças. As dores de origem dentária e as ligadas à articulação da mandíbula são as mais comuns, estando presentes em aproximadamente 97% dos casos. Mas não são só essas.   Essas dores podem ser indícios de outros problemas. “Desde os graves, como os tumores. Dores na mandíbula podem ser sintomas de enfarto do miocárdio, além de artrites, que é uma inflamação das artérias que irrigam o cérebro. Até as menores, como sinusites, enxaquecas, problemas na coluna, devido à má postura, por exemplo”, explica Anderson. Para ele, toda dor é importante e precisa ser dissecada para se saber de onde ela vem, pois pode ser a causa ou a consequência de uma doença que, a princípio, não está sendo considerada. De acordo com o coordenador, é por isso que todo profissional deve ter conhecimentos gerais para tratar a dor. “Um dos maiores problemas que encontramos hoje é a falta de preparo interdisciplinar. Na odontologia surgiu o curso de especialidade em Dor Orofacial, onde o aluno aprende sobre as intervenções que as outras áreas oferecem, trocando experiências e conhecimentos no tratamento da dor”. O cirurgião dentista recomenda que toda dor, por possuir fatores tão variados, seja considerada como um sintoma e alerta sobre a importância de se procurar um médico. “Antes de o indivíduo se automedicar, ele deve consultar um profissional para que, através de exames detalhados e entrevistas que estudam o histórico da sua saúde, seja encaminhado de acordo com a especialidade necessária, pois nem sempre o medicamento é a única maneira de resolver. Existem muitas formas de tratar a dor, como as terapias alternativas, entre as quais a acupuntura, reiki e lasers, que resolvem sem intoxicar o paciente”, destaca.

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