Uma nova vacina pneumocócica desenvolvida especialmente para crianças de até cinco anos de idade, de países...
Uma nova vacina pneumocócica desenvolvida especialmente para crianças de até cinco anos de idade, de países em desenvolvimento, pode chegar ao mercado brasileiro em um prazo máximo de três meses, ampliando a cobertura de imunização para doenças pneumocócicas evasivas, tais como a meningite. Provocadas por bactérias em forma de coco, as doenças que se busca controlar com a vacina são, principalmente a meningite e a pneumonia. A meningite, inflamação por infecção da membrana cerebral, atinge até 82% da população brasileira nesta faixa etária. Com o controle por meio de imunização, calcula-se uma economia de R$ 200 milhões, ao ano, em internação e tratamento em hospitais. A vacina vem sendo desenvolvida há mais de 10 anos pelo laboratório GlaxoSmithKline (GSK), sediado na Bélgica, que mantém pesquisas com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na descoberta de vacinas. Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde o dia 22, a vacina aguarda a liberação pela Câmara Brasileira de Medicamentos, instância interministerial que definirá o valor da nova vacina para o consumidor. O laboratório já anunciou o novo produto e detalhou as diferenças entre as vacinas disponíveis no mercado, a 7-Valente, e a Synflorix, nomes comerciais da nova vacina. No Brasil, por força de legislação específica, ela não terá este nome, mas sim, a relação dos componentes e princípios ativos. O avanço em relação ao produto anterior é a inclusão de novos tipos de pneumococos, ou sorotipos, em sua composição, o que amplia o espectro de imunização. O pneumococo agride, sobretudo, crianças na faixa etária de até cinco anos, mas é nos dois primeiros anos de vida que ele tem se mostrado especialmente perigoso. É a segunda principal causa de morte entre crianças desta idade. De acordo com os médicos, quando não se registra casos de morte, as doenças provocadas pelo pneumococo costumam deixar sequelas neurológicas em 40% dos casos, ou auditivas em 60% das crianças infectadas. A nova vacina é aplicada por injeção na coxa da criança, podendo provocar reações semelhantes às das demais vacinas, como febre, vermelhidão e mal-estar.