Em torno de 74% dos brasileiros são a favor de proibir a venda de emagrecedores à base de sibutramina e outros anfetamínicos no Brasil. É isso o que diz pesquisa feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foram ouvidas mil pessoas com idade mínima de 18 anos, nas cidades de São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Belém, Brasília, Goiânia e Manaus. A justificativa de 93% dos pesquisados significa que a população brasileira conhece os riscos que os medicamentos podem causar, tanto que número maior afirma não fazer uso de qualquer substância semelhante, mesmo não fazendo dieta. De acordo com o farmacêutico do Portal Educação, Ronaldo de Jesus Costa, a proibição foi criticada por um grupo de médicos, embora a própria população seja contra. “Claro que existem casos específicos em que há necessidade desse controle medicamentoso, mas que não justificam o excesso de prescrição da substância no Brasil, que é o maior consumidor de sibutramina do mundo, absorvendo 50% da produção mundial”, explica. Outros dados da pesquisa revelam que 22% das mulheres e 14% dos homens fazem algum tipo de controle alimentar. Aproximadamente 79% das pessoas consideram os exercícios físicos a melhor opção para a perda de peso e 83%, com idade entre 18 e 44 anos, incentivam sua prática. Erroneamente, alimentação balanceada ficou em segundo lugar na indicação para controle do peso. Apenas 40% apostam no hábito de comer bem, sendo que a regra é adotada apenas por 24% dos jovens com idades entre 18 e 24 anos.