A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o primeiro registro para um medicamento elaborado a partir de uma planta do cerrado. É a pomada Fitoscar, produto da Apsen Farmacêutica, de São Paulo, composto de Stryphnodendron adstringens, conhecido como barbatimão. O remédio, segundo o registro na Anvisa, tem efeitos cicatrizante, anti-inflamatório e antimicrobiano. A pesquisa clínica foi realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Ribeirão Preto. Enquanto o laboratório não define a data de lançamento do medicamento, o goiano José Ferreira Paixão, assistente de laboratório da Embrapa Cerrados, é categóric “A infusão da casca do barbatimão é excelente para fazer compressas em machucados”, diz, enquanto corta uma lasca do caule da planta e mostra o líquido espesso que escorre do corte. “Ninguém, porém, deve beber o chá. Ele é tóxico e pode trazer danos ao fígado”, alerta.