Método recupera a saúde, melhorando o metabolismo, diminuindo a ansiedade e a fome e facilitando a adesão do portador de obesidade à dieta saudável
Enquanto audiências públicas restringem a venda de medicamentos para emagrecer, especialistas buscam alternativas para tratar da obesidade mórbida, doença que já atinge 35% dos brasileiros. O debate acontece entre Anvisa, que defende proibir medicamentos devido aos riscos à saúde, e especialistas em obesidade, que alegam que o tratamento será prejudicado com as proibições. Entre os novos métodos está a medicina ortomolecular.
De acordo com a gastroenterologista Jussara Gonçalves, a medicina ortomolecular tem como objetivo manter o equilíbrio das moléculas que compõem o nosso organismo. Além disso, modificações na alimentação são fatores de prevenção e tratamento a variadas doenças renais, emocionais, gastrointestinais etc. “A obesidade já é considerada doença crônica e merece cuidados. Não existem dietas milagrosas. A ingestão errada de alimentos, pobres em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas e lipídios, e sua absorção inadequada, estão relacionados a estilos de vida, uso de medicamentos, fatores genéticos e ambientais que provocam desequilíbrio e doenças”, afirma.
Para perder peso e conseguir mantê-lo, é preciso seguir algumas regras básicas, indicadas pela gastroenterologista. “O organismo precisa de seis pequenas refeições de 3 em 3 horas, com atenção especial ao café da manhã e ao almoço à base de frutas, verduras, legumes, carnes magras e leite desnatado. Tenha cuidado com o que come após as 18h. Evite doces em excesso e frituras, além de diminuir as massas. Faça atividade física, de preferência aeróbica, como bicicleta, caminhada e hidroginástica”, destaca.
Para a especialista, um bom tratamento ortomolecular recupera a saúde, melhorando o metabolismo, diminuindo a ansiedade e a fome, o que facilita ao portador de obesidade seguir dieta saudável para emagrecer.
A terapia corrige aquilo que está em falta ou em excesso no organismo, repondo vitaminas, minerais, fazendo uso de plantas medicinais para modular reações químicas que poderão facilitar a perda de peso e a adesão à dieta. “Por exemplo, o que controla o nosso humor são os neurotransmissores no cérebro; há os calmantes e os estimulantes. Sabemos que estes são produzidos através de aminoácidos. Então, ao invés de dar um remédio para cortar a ansiedade, ofereço ao paciente os aminoácidos, como glutamina, taurina, hidroxitriptofano, responsáveis pela produção dos neurotransmissores calmantes”,
explica Jussara.