SAÚDE

Médico alerta para doenças concomitantes à menopausa

Tratamento da menopausa depende dos sintomas da paciente e, por isso, é individualizado, sendo que em alguns casos sequer é necessária a introdução de medicamentos.

Faeza Rezende
faeza.rezende@jmonline.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:22
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Ondas de calor, alterações degenerativas da pele, de humor e de libido, osteoporose e redução de massa muscular. Os sinais do período popularmente conhecido como menopausa assustam as mulheres que atingem os 40 anos. Em apenas um terço delas esses sintomas são discretos ou ausentes.   Tecnicamente, conforme conta o ginecologista Djalma Antônio Abrão, menopausa significa a última menstruação da vida da mulher. De acordo com o médico, a população tem os termos ‘climatério’ e ‘menopausa’ como sinônimos dessa fase, mas, na realidade, não são corretos. “Climatério é o período da vida da mulher que ocorre, em média, dos 40 aos 50 anos, onde vão aparecer sinais e sintomas decorrentes da falta de produção de hormônios femininos pelos ovários. Um desses sinais é a ausência de menstruações, sendo a última chamada de menopausa”, esclarece o especialista.   Segundo Abrão, ao nascer, a mulher tem nos ovários um número de óvulos já programados para se desenvolverem e, mesmo que não sejam utilizados, deixarão de existir no climatério. “Os óvulos se desenvolvem dentro de estruturas chamadas de folículos, que são responsáveis pela produção de hormônios (estrogênio). No climatério, há falha no desenvolvimento destes folículos, devido ao envelhecimento desses óvulos e, consequentemente, há redução gradativa da produção hormonal”, explica.   Assim sendo, é a falta de produção dos hormônios, principalmente do estrogênio, pelos ovários, devido ao envelhecimento geneticamente programado, que causa o climatério, sendo responsável, também, pelos sintomas da “menopausa”. “Por isso aparecem irregularidades menstruais, ondas de calor (fogachos), redução da fixação do cálcio nos ossos (osteopenia e osteoporose), alterações da libido, alterações emocionais, da memória e do humor e redução da massa muscular”, detalha o ginecologista.   Segundo o especialista, essas alterações hormonais em decorrência da falência gradativa dos ovários variam de mulher para mulher e ocorrem, geralmente, por volta dos 45 anos de idade, durando em média 10 anos.   O tratamento da menopausa depende dos sintomas apresentados pela paciente e, por isso, é individualizado, sendo que em alguns casos sequer é necessária a introdução de medicamentos. “Por volta dos 45 anos, também acontecem alterações físicas próprias da idade, por isso há que se avaliar a necessidade ou não de uma reposição hormonal. A mulher deve dar atenção especial às doenças que ocorrem concomitantemente com a menopausa e não atribuir a ela a culpa de tudo o que acontece”, alerta o médico. Uma recomendação do especialista é para que todas as mulheres adquiram hábitos saudáveis em relação à dieta, luz solar e aos exercícios físicos, para enfrentar esse período da vida com maior qualidade de vida.   De outro lado, Abrão lembra que todas as mulheres devem procurar anualmente o consultório ginecológico, independentemente do período da vida reprodutiva. “O climatério merece atenção especial e, às vezes, pode necessitar de um acompanhamento mais rigoroso. Nessa época, aumenta a incidência de cânceres, principalmente o das mamas”, avisa.

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