SAÚDE

Médico alerta para possibilidade de prevenção da arritmia cardíaca

Várias cidades do país se movimentaram nos últimos dias, com a Campanha Coração na Batida Certa, de iniciativa da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac)...

Faeza Rezende
faeza.rezende@jmonline.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:05
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  Várias cidades do país se movimentaram nos últimos dias, com a Campanha Coração na Batida Certa, de iniciativa da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), que culminou ontem, 12, data nacional de prevenção da arritmia. A campanha, que visou a conscientizar a população sobre o problema, não chegou a Uberaba, mas o cardiologista Celso Salgado de Melo faz o alerta para os leitores do Jornal da Manhã.   O médico explica que a arritmia, como o próprio nome indica, é um transtorno do ritmo cardíaco. “Normalmente, o coração tem uma frequência que gira em torno de 60 a 100 batimentos por minutos, quando a pessoa está em vigília, ou seja, acordada. Durante o sono, essa frequência é um pouco menor. Quando há um transtorno, seja na frequência ou na cadência natural, denominamos de arritmia ou disritmia”, informa o especialista.   Melo ressalta ainda que, para a determinação da doença, é preciso excluir os casos em que ter uma frequência maior ou menor do que tais limites pode ser normal ou fisiológica. No caso de idosos e, principalmente, de atletas ou indivíduos com bom condicionamento físico, por exemplo, é comum que as pessoas apresentem uma frequência cardíaca mais baixa. Já os recém-nascidos costumam ter uma frequência maior do que 140 batimentos. Durante os exercícios físicos, estresse e raiva, também é comum a frequência ultrapassar os 100 batimentos por minuto.   De acordo com o cardiologista, existem numerosas modalidades de arritmia. Entre elas, está a bradicardia, que é a queda da frequência cardíaca, ficando o coração com menos de 60 batimentos por minuto, e a taquicardia, que é aumento da frequência cardíaca, às vezes chegando a atingir 180 batimentos por minuto.   As arritmias podem ser benignas ou com características malignas ou, ainda, de evolução desfavorável. As que têm origem nos átrios têm evolução muito melhor que aquelas originadas nos ventrículos. As arritmias podem ser constantes ou intermitentes, sendo nestes casos manifestam-se por períodos ou episódios.   “Quando a taquicardia fica permanente, de alta frequência e de origem nos ventrículos, o paciente pode entrar em estado de choque, sofrendo um transtorno hemodinâmico grave, com a queda da pressão arterial, turvação visual, palidez e sudorese”, detalha Melo. Nessas condições, a pessoa deve ser internada imediatamente para fazer a reversão, que é realizada por meio de medicamentos ou choques elétricos no tórax.   Segundo o cardiologista, como tudo na medicina, as arritmias também podem ser prevenidas, com a retirada dos fatores que condicionam o aparecimento do problema, entre eles evitar o fumo, o estresse, o medo, a raiva e as bebidas estimulantes de forma excessiva, como o álcool, chá, refrigerantes em excesso e o café.   “Em alguns tipos de arritmias, como a fibrilação atrial, deve-se sempre avaliar a tireóide, pois as doenças desta glândula podem levar a arritmias importantes”, acrescenta.   Além disso, o médico alerta as pessoas com algum tipo de problema no coração – seja por pressão arterial alta, transtornos nas valvas, doença de Chagas, cardiopatias congênitas, diabetes ou insuficiência das coronárias – para que sigam corretamente o tratamento, pois essas cardiopatias também podem ocasionar o surgimento de arritmia.  

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