SAÚDE

Meditação limpa a mente e ajuda o processo de autoconhecimento

O processo ajuda a manter a mente tranquila, a qualidade do sono, a concentração e também a capacidade de perdoar

Publicado em 30/07/2018 às 10:17Atualizado em 17/12/2022 às 11:59
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Ilustrativa

Cada dia mais a meditação se transforma em um dos mais respeitados recursos terapêuticos usados pela medicina. Prática milenar, seu principal objetivo é limpar a mente e ajudar as pessoas a se concentrarem no momento presente. O processo traz inúmeros benefícios, ajudando a manter a mente tranquila, a qualidade do sono, a concentração e também a capacidade de perdoar. Inúmeras pesquisas científicas comprovam a técnica como ação de remédio e, sem contraindicação, ela é indicada para controle da dor, doenças crônicas, ajuda a baixar a pressão arterial e reduzir a produção de adrenalina e cortisol - hormônios que atuam nas situações de estresse -, e estimularia a produção de endorfina, substância natural produzida pelo cérebro com potente ação analgésica, estimulando a sensação de bem-estar, alegria, conforto, e muito mais.

Contudo, muitos não enxergam a meditação desta forma, apostando ser modismo e acreditando que os efeitos terapêuticos não são duradouros. Nesses casos, a comprovação acontece quando se vive a experiência da meditação. Em situações-limite, de alto estresse, insegurança ou medo, a capacidade de se acalmar é fundamental. Vimos recentemente uma comprovação com o técnico de futebol Ekapol Chantawong, de 25 anos, preso com 12 garotos, de 11 a 17 anos, na caverna Tham Luang Nang Non por causa das inundações de monções em 23 de junho, na Tailândia. Eles sobreviveram por dez dias isolados do mundo também graças à meditação. O técnico, ex-monge budista, ensinou os meninos técnicas para que pudessem se tranquilizar e ter equilíbrio até o desfecho feliz que a história teve.

Dizem que o cérebro usa o tempo em silêncio para estabelecer novas conexões, gerar novas ideias e se desvencilhar de crenças passadas. Quando a mente se aquieta, o corpo o acompanha. Por isso, as alterações provocadas no corpo e na mente pela meditação geram efeitos surpreendentes. Segundo a médica psiquiatra Sofia Bauer, podemos nos desligar dirigindo, ouvindo música ou fazendo outra atividade, mas com a meditação o efeito é diferente. A meditação requer conexão com o mundo e “ter clareza das coisas”. Conforme Sofia Bauer, há estudos que comprovam que realmente a meditação ativa os genes da desinflamação e diminui o cortisol, o vilão das doenças autoimunes. Meditar faz com que ativemos a área pré-frontal do lado esquerdo do cérebro. Isso quer dizer que você fica mais racional, mais calmo, mais focado e, consequentemente, tenha mais saúde

Muitos confundem meditar como uma saída para controlar as emoções, ainda que elas sejam involuntárias. Sofia Bauer, médica psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), explica que, na verdade, essa prática é aceitar qualquer emoção, seja raiva, tristeza, até mesmo dor física. E simplesmente observar sem segurar. Trabalhando o desapego. Deixar ir. “Geralmente, quando temos alguma emoção queremos pensar naquilo, sentir aquilo, analisar. Aí, retemos o sentimento e nosso corpo se prejudica. Ficamos ruminando as emoções negativas na tentativa de achar alguma solução. E o que conseguimos é mais estresse, dor, tensão e desgaste. O certo é usar a psicologia do budismo, que prega o desapego. Como? Desapegar de ter que sentir. Apenas observar e deixar ir. As emoções também podem ir embora, se desfazer como nuvens no céu”, relata.

*Com informações do Estado de Minas

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