Mitos e verdades sobre a vacina contra a gripe

Começa hoje a temporada de vacinação pública contra a gripe para idosos acima de 60 anos, oportunidade ideal para se prevenir contra esse vilão invisível, que é o vírus influenza. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o assunto e acreditam que, ao tomar a vacina, ficam gripadas. O que não é verdade. Fabricada anualmente e atualizada com base em dados epidemiológicos da Organização Mundial de Saúde sobre a circulação de diferentes tipos e subtipos do vírus no mundo, ao contrário do que se pensa, a vacina contra a gripe é igual a qualquer outra. Segundo o pediatra José Arruda M. Júnior, especializado em vacinação, ela começa a induzir a formação de anticorpos de 10 a 15 dias após a aplicação e de 30 a 45 dias para atingir o estágio ideal de defesa. A regularidade é importante para a proteção ao longo dos anos. E recomenda que a imunização seja feita no início do outono, entre os meses de março e maio. Sobre um dos principais mitos, a pneumologista Wanessa Bessa Faria faz um alerta. “Ela não causa a doença, pois é constituída de vírus mortos. Quando a pessoa entrar em contato, seu organismo já estará apto a combater a doença. Embora seja bastante eficaz, a vacina não protege contra todos os tipos de vírus, pois a mutação é constante. Por isso, o que pode ocorrer, coincidentemente, é a pessoa já estar com um vírus do resfriado comum, em incubação, e após receber a vacina evoluir com os sintomas”. Para ela, os benefícios são variados e importantes nesta época do ano, mas principalmente para crianças, idosos acima de 60 anos, que são os mais sensíveis, além de pessoas com doenças cardíacas e/ou respiratórias, como asma, rinite, enfisema pulmonar e outras, devido ao alto risco agravamento ou de evolução para doenças mais graves.   Contraindicações - pessoas com alergia verdadeira às proteínas do ovo; - hipersensibilidade a qualquer componente da vacina; - pessoas com processo infeccioso grave ou com febre em andamento; - crianças com idade abaixo de 6 meses. - não é recomendável para pessoas com desordens neurológicas em atividade; - pessoas que apresentaram Síndrome de Guillain-Barré, já que a vacina pode reativar a doença.