Cerca de 76% dos caminhoneiros brasileiros buscam sexo nas rodovias nacionais, de acordo com pesquisa realizada pela UnB.
Cerca de 76% dos caminhoneiros brasileiros buscam sexo nas estradas, segundo pesquisa realizada pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB). Além disso, a maioria dos motoristas não utiliza, de forma contínua, métodos de proteção contra doenças. O professor Elias Marcelino da Rocha, responsável pelo estudo, indica que poucos são os que procuram os centros de saúde, apesar da alta exposição a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). “Percebemos que esses profissionais não estão cuidando devidamente da saúde”, avaliou Rocha. Ele destacou que a própria profissão de caminhoneiro dificulta os cuidados, uma vez que o profissional passa a maior parte do tempo viajando em veículos de grande porte, que circulam pouco nos perímetros urbanos, onde está a maioria dos postos de saúde e hospitais. A solidão, a distância das suas mulheres e o machismo foram apontados pela pesquisa como fatores que contribuem para a busca do sexo nas estradas. A pesquisa aponta, ainda, que 33% dos caminhoneiros já apresentaram algum tipo de DST, mas que o percentual se refere, em grande parte dos casos, à blenorragia (doença conhecida como gonorréia) e que o maior receio dos caminhoneiros é em relação à transmissão do vírus HIV.