SAÚDE

Muitas pessoas aplicam protetor solar errado, alertam especialistas

A proteção máxima prometida pelos produtos só acontece com a aplicação recomendada pelos fabricantes

Publicado em 07/08/2018 às 11:15Atualizado em 17/12/2022 às 12:14
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O uso frequente do protetor solar é a melhor forma de prevenção ao câncer de pele, mas muitas pessoas aplicam o produto de forma errada. Estudo publicado nesta quarta-feira (7) no periódico “Acta Dermato-Venereology” mostra que a aplicação correta do produto é essencial para evitar danos ao DNA.

Nos testes dos fabricantes, segundo os pesquisadores, é aplicada uma camada de 2 miligramas por centímetro quadrado para que o fator de proteção indicado seja alcançado. A quantidade é difícil de mensurar. O uso típico é de apenas 0,75 mg/cm².

“A maioria das pessoas não aplica essa quantidade, ninguém quer se empastar, e o filtro solar ainda é caro no Brasil. É fácil para as fabricantes testarem em laboratório, mas medir essa quantidade no dia a dia é muito complicado”, afirma Sílvia Schmidt, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

No experimento, pesquisadores da universidade londrina King’s College dividiram 16 voluntários de pele branca em dois grupos, tendo três mulheres e cinco homens em cada. Um dos grupos passou por apenas uma exposição à radiação, enquanto o outro passou por exposições em cinco dias consecutivos. Todos cobriram partes da pele com diferentes quantidades de filtro — 0,75 mg/cm², 1,3 mg/cm² e 2 mg/cm² — e deixaram um pedaço sem proteção.

Os resultados mostram danos consideráveis ao DNA em áreas que não receberam filtro solar no grupo que recebeu múltiplas exposições, mesmo com níveis de radiação baixos. Com 0,75 mg/cm², os danos foram reduzidos, mas a proteção com 2mg/cm² foi substancialmente maior, mesmo com doses mais altas de radiação ultravioleta.

A pesquisa mostra que cinco dias de exposições com altas doses de radiação ultravioleta em áreas protegidas por camadas de 2mg/cm² mostraram menos danos ao DNA da pele que apenas um dia com baixa dose de radiação sem proteção em todos os participantes. A tese reforça a eficácia dos protetores solares.

No laboratório, aplicar a quantidade recomendada pelos fabricantes é simples. Como a área de testes na pele foi delimitada em zonas de cinco por sete centímetros, bastava pesar 70 miligramas de protetor e aplicar da forma mais homogênea possível. Mas no dia a dia, essa medição é inviável. Por isso, a recomendação é usar filtros com fatores de proteção altos e reaplicar o produto constantemente.

*Com informações do jornal O Globo

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