SAÚDE

Mulheres são mais suscetíveis às doenças cardíacas do que homens

De acordo com pesquisas, a probabilidade de uma mulher morrer depois de um infarto é 50% maior do que a de um homem nas mesmas condições

Thassiana Macedo
Publicado em 17/05/2011 às 11:03Atualizado em 20/12/2022 às 00:16
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Cardiologista Marco Aurélio de Almeida alerta que é importante mais rigor na prevenção de doenças cardíacas com o objetivo de reduzir a mortalidade entre as mulheres. Hoje, 21 milhões de mulheres estão sob a ameaça de sofrer infarto, enquanto outras

31 mil morrem desse mal todos os anos. O especialista destaca ainda a necessidade da realização de pesquisas nacionais e regionais que determinem a real situação da saúde cardíaca dos brasileiros, ao invés de médicos aproveitarem estudos estrangeiros.

Embora ainda não haja estudos nacionais, a Associação Americana do Coração reuniu dados de diversos estudos realizados com a população da cidade de Framinghan, nos Estados Unidos, e concluiu que as mulheres são mais suscetíveis às doenças cardíacas do que homens, principalmente após a década de 50, quando a cada 100 óbitos masculinos havia dez femininos. Hoje, a proporção de óbitos é de 50%.

O cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e professor da Universidade de Uberaba (Uniube), Marco Aurélio de Almeida, revela que essa menor resistência feminina já era conhecida pelos médicos, mas destaca observações alarmantes. “Naturalmente, mulheres têm mais predisposição a aguentar mais dor do que homens e quando elas procuram o médico sofrendo infarto é porque o limiar de dor já estourou. Isso revela uma dificuldade de procura por tratamento. Percebeu-se ainda que, no consultório, quase metade dos homens apresenta significativas alterações no eletrocardiograma, mostrando que está sofrendo infarto, enquanto nos exames das mulheres há apenas pequenas oscilações, muitas vezes não valorizadas na sala de urgência, o que faz com que recebam alta com diagnóstico errado”, alerta.

Segundo o especialista, os ministérios da Saúde e da Educação preveem lançar neste ano um amplo estudo sobre a saúde cardíaca do brasileiro. O levantamento será dividido por regiões.

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